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segunda-feira, 29 de março de 2010

Brasil: Dilma chora ao dizer que país não perderá conquistas do governo Lula

EM TOM DE PRÉ-CANDIDATA, DILMA CHEGOU ÀS LÁGRIMAS

Ao lançar nesta segunda-feira o PAC 2 (segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) fez duras críticas à gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao classificar de "estagnação" o período que o país foi governado pelo tucano. Emocionada, Dilma chorou ao comparar as duas gestões e encerrou o discurso na cerimônia do PAC 2 ao afirmar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "reconstruiu" o Brasil.

Em tom de pré-candidata, Dilma chegou às lágrimas ao dizer que os brasileiros não vão "deixar de escapar de suas mãos" o governo implementado pelo petista no país.

"Atravessamos o deserto da estagnação. O Brasil retomou a rota do desenvolvimento. Mas o governo Lula, um governo do qual nos orgulhamos muito de fazer parte, não aceita outro caminho que não seja o do desenvolvimento com distribuição de renda. Esse é o Brasil que o senhor, presidente Lula, reconstruiu para todos nós. E que os brasileiros não deixarão escapar mais de suas mãos", afirmou às lágrimas.

Na comparação entre a gestão petista e a do ex-presidente FHC --já que os tucanos serão os seus principais adversários nas urnas em outubro --Dilma classificou de "Estado mínimo" o período em que o PSDB esteve no poder. "Era o Estado do não. Não tinha planejamento estratégico, não tinha aliança com o setor privado, não incrementou investimento público, não financiou investimento privado. Hoje, por tudo isto, podemos dizer que antes de ser um Estado mínimo, ele foi um Estado omisso."

Segundo a ministra, depois da gestão dos tucanos, o país vivenciou "a construção de um modelo de Estado diferente, que cria as condições para que as coisas sejam feitas" ---na gestão do presidente Lula. "Um Estado que não se omite diante do mercado porque coloca no centro de suas preocupações o direito das cidadãs e cidadãos do Brasil".

Na opinião de Dilma, o Estado comandado pelo PT "superou o economicismo de governos anteriores" para priorizar as áreas sociais. "Graças a esse modelo de Estado podemos dizer que três expressões renasceram na linguagem, no coração e no cotidiano dos brasileiros no governo Lula: planejamento, investimento e desenvolvimento com inclusão social. Deixamos para trás décadas e décadas de improvisação", afirmou a ministra.

CRÍTICAS


A ministra listou uma série de ações do governo Lula que, na sua opinião, foram "muito diferentes do passado recente" encontrado no Brasil --numa comparação direta com a gestão tucana que promete marcar a disputa eleitoral de outubro.

"Solucionar os gargalos do Brasil foi desde sempre uma das principais metas do PAC. O descaso que encontramos era tamanho que a missão que temos pela frente é ainda colossal. Avançamos muito, mas nos impusemos agora o desafio de avançar ainda mais, deixando projetos concretos para o governo", afirmou.

Dilma citou como exemplo os recursos destinados por governos anteriores para a população de baixa renda ao exaltar a gestão petista. Ela lembrou do racionamento de energia realizado no país durante a gestão FHC ao afirmar que não há riscos de futuros problemas no setor.

"Energia não vai nos faltar, o PAC energia foi pensado para isso. O Brasil vai continuar a ser um exemplo para o mundo. Vamos deixar no passado os fantasmas de racionamento", afirmou.

À vontade ao falar para mais de mil convidados do governo para o lançamento do PAC 2, Dilma leu grande parte do seu discurso em dois teleprompters (monitores eletrônicos que exibem textos) transparentes colocados à frente do púlpito ocupado pela ministra. A cerimônia é um dos últimos eventos públicos antes de Dilma deixar o governo, na quarta-feira.

Pela legislação eleitoral, os políticos que vão disputar as eleições de outubro têm que deixar os cargos no Executivo até o dia 3 de abril. Dilma anunciou que a subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil, Miriam Belchior, vai assumir a coordenação do PAC com a sua saída do governo.

Da Folha Online

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