Com a morte dos pilotos e tripulação, acidente foi erro humano
Marcel Rofeal, da Redação
Na semana em que celebramos o Dia de Finados, última segunda-feira, eu não poderia deixar de comentar algo que me chocou no final da semana passada, mais precisamente no último dia 29 de outubro (quinta-feira). Em data mencionada, foi divulgado o relatório da Polícia Federal sobre o acidente do Airbus A-320 da TAM, voo JJ3054 de Porto Alegre-RS a São Paulo, ocorrido em julho de 2007.
A Polícia Federal concluiu que "as condições da pista principal de Congonhas, embora longe do desejável, não foram determinantes para o acidente", ou seja, os pilotos que fazem parte dos 199 mortos na tragédia seriam os culpados por tal. "Os peritos concluem que a operação incorreta das manetes por parte da tripulação foi o fator determinante para a ocorrência do acidente", diz o texto do relatório.
Imediatamente após a divulgação da conclusão da PF pelos grandes meios de comunicação, muitos profissionais da aviação e familiares das vítimas do acidente se manifestaram contrários à causa apresentada. Também não é pra menos, sempre se coloca a culpa em quem não pode mais se defender. Os pilotos já foram juntos com o restante da tripulação e passageiros, o que impede que alguém diga o que ocorreu de fato.
Me impressiona tal fato, causa apresentada no relatório, partir da Polícia Federal, um órgão tão conceituado do nosso país. Ao contrário do que acontece com a Aeronáutica que também apresentou um relatório na semana passada onde cita 8 (OITO) fatores determinantes para o acidente, de erros no projeto da aeronave a falhas de gerenciamento da TAM, inclusive no que tange o treinamento dos pilotos.
Vamos mais uma vez acompanhar os mortos sendo acusados de terem provocado tragédias, desgraças e catástrofes. Claro, já não diz o velho ditado: "a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco", nesse caso, me perdoem o trocadilho e comparação, arrebentou para o lado 'podre', pois os corpos foram carbonizados, e mesmo que fosse uma morte natural já estariam mais do que decompostos.
Por mais que a verdade esteja na cara de todos, ainda assim existem os que tapam o Sol com a peneira e fazem de tudo para que a injustiça prevaleça, não que nesse acidente haja algum culpado, não sei. Agora, dando uma de "advogado do Diabo", não sei mesmo o que pode ter sido o ápice para a tragédia, só sei que as últimas falas dos pilotos foram "desacelera, desacelera!", o que prova que eles tentavam tomar providência.
"Só sei que nada sei" já diz outro provérbio. Mas é mais fácil culpar quem não está aqui e que não tem o poder de se defender, mesmo que a família esteja pronta e tenha condições para defendê-los. Aguardemos agora, após essa demora milenar nas investigações, uma providência do Ministério Público Federal de São Paulo, que é quem irá analisar o relatório da Aeronáutica e o inquérito da PF. O MPF pode ainda pedir novas investigações, quem sabe até o início do 4° milênio nós tenhamos uma definição para o caso!
Marcel Rofeal, da Redação
A Polícia Federal concluiu que "as condições da pista principal de Congonhas, embora longe do desejável, não foram determinantes para o acidente", ou seja, os pilotos que fazem parte dos 199 mortos na tragédia seriam os culpados por tal. "Os peritos concluem que a operação incorreta das manetes por parte da tripulação foi o fator determinante para a ocorrência do acidente", diz o texto do relatório.
Imediatamente após a divulgação da conclusão da PF pelos grandes meios de comunicação, muitos profissionais da aviação e familiares das vítimas do acidente se manifestaram contrários à causa apresentada. Também não é pra menos, sempre se coloca a culpa em quem não pode mais se defender. Os pilotos já foram juntos com o restante da tripulação e passageiros, o que impede que alguém diga o que ocorreu de fato.
Me impressiona tal fato, causa apresentada no relatório, partir da Polícia Federal, um órgão tão conceituado do nosso país. Ao contrário do que acontece com a Aeronáutica que também apresentou um relatório na semana passada onde cita 8 (OITO) fatores determinantes para o acidente, de erros no projeto da aeronave a falhas de gerenciamento da TAM, inclusive no que tange o treinamento dos pilotos.
Vamos mais uma vez acompanhar os mortos sendo acusados de terem provocado tragédias, desgraças e catástrofes. Claro, já não diz o velho ditado: "a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco", nesse caso, me perdoem o trocadilho e comparação, arrebentou para o lado 'podre', pois os corpos foram carbonizados, e mesmo que fosse uma morte natural já estariam mais do que decompostos.
Por mais que a verdade esteja na cara de todos, ainda assim existem os que tapam o Sol com a peneira e fazem de tudo para que a injustiça prevaleça, não que nesse acidente haja algum culpado, não sei. Agora, dando uma de "advogado do Diabo", não sei mesmo o que pode ter sido o ápice para a tragédia, só sei que as últimas falas dos pilotos foram "desacelera, desacelera!", o que prova que eles tentavam tomar providência.
"Só sei que nada sei" já diz outro provérbio. Mas é mais fácil culpar quem não está aqui e que não tem o poder de se defender, mesmo que a família esteja pronta e tenha condições para defendê-los. Aguardemos agora, após essa demora milenar nas investigações, uma providência do Ministério Público Federal de São Paulo, que é quem irá analisar o relatório da Aeronáutica e o inquérito da PF. O MPF pode ainda pedir novas investigações, quem sabe até o início do 4° milênio nós tenhamos uma definição para o caso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário