sexta-feira, 28 de maio de 2010

Internacional: Candidato colombiano defende união latino-americana

EM ENTREVISTA AO IG, OPOSITOR ANTANAS MOCKUS DIZ QUE ATUAÇÃO EM BLOCO AUMENTARÁ PESO DA REGIÃO E DEFENDE MAIOR PARCERIA COM BRASIL

Leda Balbino, do IG em São Paulo

O opositor colombiano Antanas Mockus, do Partido Verde, conseguiu em três meses projetar-se como um dos favoritos para as eleições presidenciais da Colômbia, saindo de 3% nas intenções de voto em fevereiro para um atual empate técnico com o candidato governista, o ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos, do conservador Partido de La U.

Apesar de as últimas pesquisas indicarem que Mockus, de 58 anos, pode perder por pouco o primeiro turno eleitoral, que ocorre no domingo de 30 de maio, tem boas chances de vencer o segundo, em 20 de junho. Segundo o último levantamento, divulgado pelo Instituto Ipsos-Napoleón Franco em 22 de maio, Santos venceria o primeiro turno com dois pontos de vantagem sobre Mockus: 34% a 32%. Na segundo turno, porém, a pesquisa indica que Mockus ganharia com 45% a 40%, numa disputa apertada que transformou as eleições deste ano nas mais eletrizantes em muito tempo no país de 44 milhões de habitantes.

O segredo para o bom desempenho do ex-prefeito de Bogotá (1995-1998 e 2001-2003) é a campanha pautada na defesa da "legalidade democrática". O lema é uma crítica aos escândalos dos oito anos do governo pró-EUA de Álvaro Uribe, cuja popularidade de 74% tem como base a política de Segurança Democrática, que contou com US$ 6 bilhões de Washington para conseguir isolar a guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Além disso, o matemático e filósofo de origem lituana fez algo inédito na Colômbia. Inspirados pela estratégia bem-sucedida do presidente dos EUA, Barack Obama, nos EUA em 2008, os responsáveis por sua campanha usaram a internet para chegar aos eleitores, principalmente aos jovens.

Hoje, ele é a sétima pessoa em número de amigos no Facebook e o político colombiano com maior número de seguidores no Twitter. Numa mostra da eficiência de sua campanha, o iG recebeu em poucas horas as diretrizes para conseguir uma entrevista, em uma mensagem que terminava com a frase: “A meta é nos multiplicar cada vez mais e, para consegui-lo, você também é importante.”

Na entrevista ao iG, Mockus indica que, diferentemente de Uribe, não privilegiará os EUA em detrimento dos países latino-americanos e manterá a política de combate às Farc.

A ENTREVISTA ESTÁ NO PORTAL ÚLTIMO SEGUNDO, VEJA:
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/candidato+colombiano+defende+uniao+latinoamericana/n1237636651067.html

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