Ele afirma que o triplo assassinato não teve mandante
G1
O segundo suspeito de ter assassinado o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Guilherme Villela, a esposa dele, Maria Carvalho Villela, e a empregada do casal, Francisca Nascimento Silva, no ano passado, foi transferido de Montalvânia (MG) para Brasília na noite da última quinta-feira (25).
O suspeito confirmou que foi convidado pelo tio, Leonardo Campos Alves, ex-porteiro que confessou o triplo assassinato, para participar do crime. Ele ainda disse que os dois saíram de Montalvânia com as facas que usariam naquela noite. O que reforça a ideia da polícia de que a ação foi premeditada.
Entretanto, na última quinta-feira, o diretor da Polícia Civil do Distrito Federal chegou ao município para buscar o preso, que negou o envolvimento de um mandante no crime. “Fomos só nós dois. Não teve mandante nenhum”, disse.
No início da noite, na chegada a Brasília, ele confirmou o que disse em Montalvânia. De que o crime não teria sido encomendado por ninguém. “Ninguém mandou não. Nós fomos para roubar”, afirmou.
Moradores de Montalvânia, cidadezinha pacata de Minas Gerais, ainda estão chocados com a descoberta de que o triplo assassinato da 113 sul, pode ter sido cometido por duas pessoas da cidade.
O bar que o ex-porteiro comprou com o dinheiro que teria levado do apartamento dos Villela é o único que permanece fechado no centro da cidade de 18 mil habitantes. O pai do sobrinho de Leonardo disse que o filho vivia na roça com a família e não consegue se conformar com a confissão. “É uma dívida que não tem como pagar. Não desejo isso para nenhum pai”, desabafa.
As suspeitas sobre Leonardo já teriam aparecido no depoimento de quatro pessoas, no início das investigações. Pois o casal Vilella havia brigado publicamente com o porteiro.
Em depoimento à Corvida, em 18 de dezembro do ano passado, a filha deles, Adriana Villela, contou que certa vez, o ex-porteiro mandou fazer uma chave extra para entrar no apartamento do casal de onde estava vazando água. Sem o consentimento deles.
A neta dos Villela confirmou a briga à polícia e disse que a avó, Maria Carvalho Villela, teria ficado furiosa e que pensou em instalar câmeras de segurança no apartamento.
Um pintor, que trabalhou para o casal assassinado, acrescentou no depoimento à Corvida que Leonardo conhecia a intimidade dos Vilella e que ele comentou sobre os bens do casal porque teria visto vários carnês de IPTU. O ex-síndico do prédio contou a mesma versão. Diante disso, Leonardo chegou a ser ouvido duas vezes, mas não foi considerado suspeito. Até ser preso pelas investigações da 8ª DP.
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