Resultado apertado de 81 votos favoráveis e 75 contrários
France Presse
O parlamento irlandês aprovou nesta quarta-feira o plano de resgate internacional de 85 bilhões de euros (US$ 113 bilhões) negociado com a UE (União Europeia) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) para ajudar o país a superar sua grave crise bancária e orçamentária.
O resgate foi aprovado por um apertado resultado de 81 votos a favor frente a 75 contra a Câmara baixa do parlamento irlandês contra na Câmera baixa do parlamento irlandês, o Dáil.
O plano negociado no final de novembro, com o qual a Irlanda contribuirá com 17,5 bilhões de euros (US$ 23 bilhões), permitirá ao país recapitalizar seu endividado sistema bancário, e financiar seu deficit orçamentário, que disparou a 32% do PIB (Produto Interno Bruto).
Classificação
Neste mês, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou em três níveis, de A+ para BBB+, a nota da dívida da Irlanda, país muito pressionado pelos mercados em consequência dos grandes deficits, anunciou em comunicado.
Com o rebaixamento, o país fica a uma pequena distância de perder o "investiment grade" (grau de investimento) -- nota de risco de crédito que considera o país um bom pagador, seguro para se investir. Segundo o ranking da Fitch, para perder o grau de investimento basta o país perder mais um grau e chegar a BB+.
O rebaixamento, acompanhado de uma perspectiva estável, "reflete os custos orçamentários adicionais necessários para apoiar e reestruturar o setor bancário" irlandês, os compromissos vinculados à garantia dos depósitos e os empréstimos dos bancos irlandeses, assim como as incertezas sobre a conjuntura econômica do país, destaca um comunicado de Fitch Ratings.
Deficit
A Irlanda enfrenta um deficit público, de 32% do PIB (Produto Interno Bruto) previsto para 2010, e seu sistema bancário se viu à beira do abismo com a crise financeira mundial e a explosão da bolha imobiliária no país.
Dublin se tornou assim o segundo governo da zona do euro que pede a ajuda dos sócios e do FMI, depois que Atenas recebeu um auxílio de 110 bilhões de euros em maio.
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