Julian Assange é acusado de crimes sexuais na Suécia, que pede extradição
R7
Foto: Carl Court/AFP
O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, foi libertado nesta terça-feira (14) pela Justiça do Reino Unido, após pagar fiança de R$ 536 mil (200 mil libras). O australiano é acusado de crimes sexuais na Suécia, que pede sua extradição.
O juiz determinou que Assange permaneça em liberdade pelo menos até a próxima audiência sobre o caso, marcada para o dia 11 de janeiro de 2011. O fundador do site WikiLeaks nega todas as acusações.
Na semana passada, o tribunal de Westminster havia negado a Assange o pedido de liberdade sob fiança, apesar de personalidades como o diretor de cinema Ken Loach terem se oferecido para pagar o valor.
Segundo seu advogado, Mark Stephens, Assange não recebeu nenhuma correspondência desde quando foi detido em Londres, há uma semana.
Site enfureceu os EUA
O site criado por Assange enfureceu os Estados Unidos ao divulgar cerca de 250 mil correspondências diplomáticas sigilosas, que causaram constrangimento a Washington e a outros governos.
De acordo com nota entregue pela mãe de Assange a uma TV australiana, o fundador do WikiLeaks disse que não vai se intimidar.
- Minhas convicções são firmes. Continuo firme aos ideais que expressei. As circunstâncias não irão abalá-los.
Na semana passada, simpatizantes de Assange realizaram pela internet a chamada Operation Payback (operação revanche), tirando do ar os sites da Visa, da Credicard e do governo sueco, entre outros.
Apesar disso, o advogado de Assange, Mark Stephens, deu a entender que seu cliente discorda desses ataques.
- Quando eu disse a Julian sobre os ciberataques, ele disse: "Olhe, já fui alvo de ciberataques. Acredito na liberdade de expressão, não acredito em censura, e claro que os ciberataques são justamente isso".
Assange e seus advogados já manifestaram temores de que promotores dos EUA queiram indiciá-lo por espionagem por causa dos vazamentos do WikiLeaks.
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