Redação | O que está acontecendo com Ribeirão Bonito?

Problemas de Saúde e Educação: alguém tem uma solução?

Marcel Rofeal

Foto: Arquivo/Internet

Não consigo mais ficar calado diante das situações vivenciadas diariamente por muitos ribeirão-bonitenses, principalmente nos últimos dias, semanas e meses. Em qualquer roda de discussão popular que entremos em qualquer ponto desta cidade, mas, principalmente, nas mais carentes, as questões e os problemas são os mesmos, quase uma unanimidade. Quero, aqui, relatar alguns deles e cobrar, como cidadão, soluções, se possível.

Vamos começar pela EDUCAÇÃO, uma área que não recebe os merecidos valor e reconhecimento nesse país. Em Ribeirão Bonito, fui comunicado sobre um novo “troca-troca” no comando das escolas municipais. Diretoras remanejadas, coordenadoras etc. Por qual razão isso acontece todo ano? Tem necessidade? Isso interfere e muito na condução da instituição e que, no meu ponto de vista, atrapalha tanto os docentes quanto os próprios alunos e funcionários.

O Departamento Municipal de Educação é o alvo da maior parte de reclamações nesse sentido. Acompanhei durante o ano passado os projetos desenvolvidos por este setor nas unidades de ensino e, confesso, fiquei decepcionado. TUDO poderia ser aperfeiçoado, a começar pelo tratamento dos profissionais de educação, e, assim, os problemas com essa área seriam sanados parcialmente, pelo menos. Mas, já diria um amigo, “anão não cresce”.

Penso que enquanto não houver uma avaliação ou, se necessário, a troca dos administradores deste setor no município, a troca anual de diretoria nas escolas não adiantará, muito pelo contrário, só trará mais prejuízos para a educação. Quero acreditar que nossas digníssimas autoridades estão empenhadas em repensar algumas atitudes visando o progresso na educação de Ribeirão Bonito, o que não vem acontecendo.

Também não foge da chuva de reclamações e críticas a área da SAÚDE. Vou começar diferente: falta médico? O que pode ser feito para mudar essa situação? Recebi e recebo várias reclamações diariamente, até como sugestão de pauta, sobre o “belo” tratamento que os ribeirão-bonitenses vêm recebendo nas unidades de saúde deste município. Acompanhei há duas semanas o andamento do CEM (Centro de Especialidades Municipal) e fiquei pasmo.

Foi agendada uma consulta com o cardiologista para às 14 horas e, até pouco depois das 16 horas, não havia sido atendido. Procurei saber com outros pares que ali estavam sobre o horário que eles haviam chegado ao local e também me surpreendi: tinha gente, de idade até, por cerca de três horas na fila. Observando muito bem os que ali estavam, notei que alguns chegaram para a mesma consulta bem depois e foram atendidos muito rapidamente, em questão de minutos.

De acordo com a diretora de Saúde, a especialidade é muito disputada pelos pacientes, o que provoca uma demora no atendimento. Sobre os “rapidinhos”, que chegaram depois e foram atendidos primeiro funcionários disseram que o agendamento havia sido feito com muita antecedência. Pois bem, aqui vai mais um questionamento: não tem como mudar a forma de atendimento nessa cidade, buscando semelhança com consultórios particulares?

Até aproveitando o questionamento sobre falta de médico, porque os idosos com frágil estado de saúde não recebem visita de um profissional de medicina em casa? Tomei conhecimento de uma senhora, em especial, com problemas de locomoção e de saúde frágil que, ao invés de um médico, uma enfermeira foi vê-la, haja vista que o nosso saudoso Dr. Orazil ia até seus pacientes mais debilitados quando o caso exigia atenção. O que está havendo? Quais são as nossas carências?

Sem esquecer outro problema que, na minha concepção, pode afetar a saúde da população: a ÁGUA. Já faz muito tempo que o nosso prefeito se comprometeu em dar fim à coloração turva na água que chega aos consumidores, a água barrenta pra ser franco. Essa semana, mais uma vez, “tijolos” de terra saíram de torneiras em algumas residências por aí, que eu fiquei sabendo. Como anda essa história, prefeito? Vai demorar muito pra resolver mais esse problema?

Em alguns momentos eu sou obrigado a acreditar que a história de praga, popular entre os ribeirão-bonitenses, é verdade. Aos que desconhecem, dizem que, há algum tempo, um sacerdote deixava nossa paróquia quando rogou uma praga em nosso município, dizendo que essa cidade nunca progrediria. Será que é verdade? Que a prefeitura trabalha, não há dúvidas. Todos vêem muita coisa mudando pra melhor nessa cidade, mas será que esses pontos são tão complicados assim?