quinta-feira, 31 de março de 2011

Mundo | Sarkozy expressa solidariedade ao Japão, mas defende energia nuclear

"Comprometemo-nos a reduzir os gases do efeito estufa", disse o presidente francês

AFP
 
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, expressou nesta quinta-feira o apoio dos países do G20 às autoridades japonesas, em plena emergência nuclear, reiterando, no entanto, ser favorável a este tipo de energia, mas com um reforço da segurança.
 
"Comprometemo-nos a reduzir os gases de efeito estufa. Mas, para chegarmos a isso, não há numerosas soluções, está no nuclear", disse.
 
Sarkozy citou, também, os que, como a chanceler alemã Angela Merkel, tomaram decisões precipitadas e urgentes em torno do futuro da energia nuclear.
 
Sarkozy propôs uma reunião das autoridades nucleares dos países que integram o G20, em maio próximo, em Paris, para definir uma "norma de segurança internacional".
 
"Pedimos às autoridades independentes dos países do G20 que se reúnam, se possível em Paris, para definir uma norma de segurança nuclear internacional", declarou Sarkozy em discurso para a comunidade francesa na embaixada da França.
 
O chefe de Estado francês chegou a Tóquio na tarde desta quinta-feira para manifestar "solidariedade" às autoridades japonesas que lutam contra a catástrofe nuclear originada pelo terremoto e o tsunami de 11 de março, que arrasaram o nordeste do arquipélago.
 
Sarkozy chegou ao Japão procedente de Nanquim (leste da China), onde inaugurou um seminário do G20 dedicado à reforma do sistema econômico e monetário.
 
Ante a comunidade francesa residente no Japão e, depois, ante o primeiro-ministro Naoto Kan, o chefe de Estado prestou homenagem ao "valor excepcional" dos japoneses e o que fizeram para enfrentar a urgência da catástrofe, prometendo ajuda da França.
 
Citou, como exemplo desse auxílio, os robôs da empresa líder mundial nuclear Areva, "que podem intervir nas zonas contaminadas", na medida em que for crucial o tratamento das águas fortemente radioativas usadas para esfriar os reatores na central de Fukushima, a 250 km ao norte de Tóquio.
 
Presente também na capital japonesa, a ministra francesa de ecologia Nathalie Kosciusko-Morizet confirmou que os robôs vão ficar nas instalações acidentadas.
 
Naoto Kan agradeceu a visita, e por poder "beneficiar-se da experiência e dos equipamentos cedidos pela França.

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