USP aprovou uma verba de dois milhões de reais para criar Núcleo de Apoio
São Carlos Agora
A Universidade de São Paulo (USP), através de sua  Pró-Reitoria de  Pesquisa, aprovou uma verba de dois milhões de reais  para criação do  Núcleo de Apoio à Pesquisa em Software Livre (NAPSoL). O  projeto será  coordenado pelos pesquisadores José Carlos Maldonado, do  Instituto de  Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), Fábio Kon e  Marcelo  Finger, do Instituto de Matemática e Estatística (IME).
O objetivo do NAPSoL é explorar o potencial das  plataformas abertas  de software para o desenvolvimento da indústria de  Tecnologia da  Informação (TI). De acordo com o Prof. Dr. Marcelo Finger,  a  universidade poderá contribuir com esse processo através da   disseminação de conhecimento e informações sobre Software Livre (SL),   desenvolvendo pessoal capacitado nas técnicas mais modernas de   desenvolvimento de software para a área de SL.    Outro resultado será  que programadores de SL  treinados em projetos de pesquisa e atividades  de ensino da universidade  poderão atuar nessa área.
Ainda, de acordo com Finger, o projeto tem o  potencial de grande  repercussão social, pois uma característica do SL é a  inclusão social.  Para ele, o SL tem capacidade de mediar as atividades  diárias de um  crescente número de pessoas na indústria e no governo.    Para o Prof.  Dr. José Carlos Maldonado, o NAPSol vai  apoiar várias linhas de  pesquisa atualmente existentes na USP  relacionadas ao SL, com vistas a  facilitar a transferência do  conhecimento produzido pela pesquisa na  forma de software, técnicas,  algoritmos e métodos para a Indústria em  geral. "Essas linhas de  pesquisa abordam principalmente temas  relacionados ao desenvolvimento,  adoção e produção de SL como parte da  pesquisa em outras áreas",  explica. "A proposta desse NAP envolve o IME  e o ICMC, parceria de  sucesso já realizada através do projeto Qualipso  (Quality Plataform for  Open Source).
Isso irá fortalecer as ações que temos junto com a  comunidade  internacional. O Qualipso criou entre outras coisas, um  ambiente que dá  suporte ao desenvolvimento de softwares". Maldonado  conclui que o SL  no Brasil tem um bom contexto de uso e de disseminação,  pois a  iniciativa governamental favorece esse cenário.
O projeto vai ajudar também o desenvolvimento do  mercado de produtos  de TI, uma vez que o desenvolvimento de SL encoraja a  colaboração  entre diversas partes e tem um caráter inclusivo, tanto  para os  desenvolvedores quanto para os usuários.    De acordo com o Prof. Dr.  Fábio Kon, a Ciência da  Computação vêm sendo apontada como o terceiro  pilar a sustentar a  pesquisa, juntamente com a teoria e a  experimentação.
O modelo de SL se  adequa bem a esse cenário, pois facilita a  reprodução de experimentos e  pode oferecer condições melhores de  trabalho para grupos de pesquisa.  Além disso, o acesso ao código-fonte  se traduz no acesso ao conhecimento  científico embutido no software, o  que pode permitir sua transferência  para a indústria de forma mais  simples e eficiente.
 
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