quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Cidade | Prefeito convoca reunião de emergência com professores para esclarecer o rateio do FUNDEB

Após cerca de uma hora de reunião, pagamentos foram desbloqueados

Marcel Rofeal e Sergio Ronco, de Ribeirão Bonito

Foto: Sergio Ronco
O descontentamento de professores com os valores do rateio de fim de ano do FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – levou o prefeito de Ribeirão Bonito, Paulo Antonio Gobato Veiga, a convocar uma reunião de emergência na tarde desta quinta-feira (29) em seu gabinete, na prefeitura. A princípio, Veiga suspendeu o pagamento aos professores até a solução do caso.

A reunião contou com a presença do contador e do responsável pelos recursos humanos da prefeitura, da imprensa e de 19 professores e diretores de escola. De início, Veiga anunciou a determinação para que o pagamento aos profissionais do magistério fosse bloqueado. Na oportunidade, o chefe do Executivo esclareceu os questionamentos apresentados pelos professores sobre a diminuição no valor a ser rateado, em comparação com o ano passado.

De acordo com Paulo Veiga, uma série de questões influenciou na redução do índice, como o rateio no meio do ano. Segundo ele, também foram determinantes para essa diminuição o aumento no número de profissionais e diversas ocorrências no decorrer do ano. O Conselho Municipal do FUNDEB, representado pela presidente Maria Izabel Castro da Silva, protocolou um requerimento em que pede a apresentação de um demonstrativo das verbas recebidas para o pagamento exclusivo dos professores, de forma detalhada, e suas aplicações.

Com o deferimento do documento, o prefeito se comprometeu a apresentar uma planilha com todos os valores, detalhados, em até 15 dias. Após quase uma hora de reunião, o prefeito, em consenso com os professores, decidiu desbloquear o pagamento.

Nota do blog: Em matéria postada na noite de ontem, quarta-feira (28), sobre esse mesmo tema no Blog Marcel Rofeal, houve um mal-entendido quando do uso do termo "sumiço", se referindo ao dinheiro do rateio. Esclarecemos que, em hipótese alguma, foi questionada a idoneidade da administração, pelo contrário, apenas apresentamos o questionamento que recebemos de diversos professores por meio de comentários e mensagens.

10 comentários:

  1. 15 dias estranho??? Não está tudo pronto???

    ResponderExcluir
  2. A rede municipal de educação é bem maior do que os 19 que estavam presentes e que foram convidados, muitos dos quais já estiveram presentes nas reuniões do FUNDEB e que aprovaram as prestações de contas dos gastos na educação. É fácil conversar em próprio território, com cinco ou seis vezes menos interessados e com a suspensão do pagamento (onde muitos já estão com os cálculos comprometidos). É uma sensação de "dejá vou" como a incorporação, a questão dos atestados, desconto em dobro e a própria CEI. Parece sessão da tarde: filme ruim, barato, repetido e sem final feliz. Karen

    ResponderExcluir
  3. Gostaria de uma simples explicação.
    Segundo a nota do blog:"Com o deferimento do documento, o prefeito se comprometeu a apresentar uma planilha com todos os valores, detalhados, em até 15 dias. Após quase uma hora de reunião, o prefeito, em consenso com os professores, decidiu desbloquear o pagamento."

    vai precisar de 15 dias para mostrar as planilhas pq? Não foi pago já? A divisão ja foi feita?? Pq não mostrou hj??

    Poderia mostrar a documentação que foi feita para divisão do pagamento, não mostrar uma nova.

    ResponderExcluir
  4. Isto tem que ser feito já, ou pensam que as pessoas sao idiotas e inocentes. Que so eles merecem receber aumento e os professores que batalham hora a hora, ficam com o restinho. maris

    ResponderExcluir
  5. Respondendo à Karen e à Maria, que provavelmente não estiveram na reunião. Fui avisada que a reunião estava marcada para as 14:30h qdo já era 14:25h. Mandei msg de celular e no facebook a todos os professores que eram meus contatos e muitos que foram avisados pessoalmente não compareceram. Em relação à suspensão do pagamento, esta é atitude legal e prevista em lei qdo se trata de casos como este, onde há a necessidade de averiguação dos gastos com o $ público. Sobre o Dejávou, Karen tem razão, pois o discurso do prefeito girou em torno da velha questão das faltas dos professores, incorporação e blá-blá-blá, além de cálculos que ele fazia para justificar o valor do rateio e que eu, na minha ignorância, não entendi onde ele queria chegar. Em relação à tal planilha, conforme aponta Maria, é o seguinte: os membros dos conselhos municipal de educação e do FUNDEB (que não estão tão coniventes com a situação como vc pode pensar) pediram uma planilha DETALHADA e COM OS GASTOS COM SALÁRIOS DE TODOS OS PROFESSORES DURANTE TODO O ANO. Isso realmente leva tempo, pois se trata de uma situação sigilosa e requer cuidado, pois não se pode publicar o nome de uma pessoa e seu ganho real anual. Há, no entanto, um ploblema nessa história: esta planilha que sairá em 15 dias se refere apenas aos gastos com os 60% que já é por lei destinado ao pagamento de salários. Mesmo que a presidente do Conselho do FUNDEB não ache necessário, acredito que deveríamos pedir também uma planilha com os gastos feitos com os outros 40%, pois são as sobras desses 40% que "engordam" o rateio. Qtos professores tem/ teve na rede, horas de trabalho, etc. nós já sabemos mais ou menos. Mas seria fundamental nos inteirarmos dos valores que estes 40% representam e como eles foram empregados. Se não fosse permitido juntar as sobras dos 40% ao rateio, jamais seria possível empregar 64% dos repasses no pagamento dos professores. Reitero que não estou desconfiando de ninguém, mas como se trata de dinheiro público, todos tem o direito de saber e aprender como ele funciona.

    ResponderExcluir
  6. Karen e Maria: Pelo visto vocês são arrimo de família. Entendo a necessidade do dindim. Mas, vem cá, vocês pensam em educação, pedagogia com a mesma volúpia em que pensam neste rateio? Gostaria de saber como é o desempenho no sagrado ofício de ensinar/letrar/educar seus aluninhos, cujos pais sequer sabem o que é "rateio". Pensem nisso, Karen e Maria!

    ResponderExcluir
  7. A verdade é uma só, profissional mal pago não rende em serviço nenhum.........desvalorizado...criticado...chacoteadoo...Vamos parar com essa históris de amor a profissão, porque não vejo ninguem fazendo trabalho voluntário ensinando crianças que chegam até o setimo e oitavo ano sem saber ler e escrever...AGORA VEM ME FALAR DE PEDAGOGIA.......ISSO PRA MIM É DEMAGOGIA.....TODOS ESTÃO ENDIVIDADOS ESPERANDO ESSA MISERA GRANINHA QUE SERVE PRA PAGAR AS D-IVIDAS ACUMULADAS DURANTE O ANO.......VAMOS VOLTAR PARA A VIDA REAL,OU EXISTE ALGUM PROFESSOR FAZENDO TRABALHO VOLUNTÁRIO AQUI NESSA CIDADE?
    ASS; FUNDELINO SPER'TOO SILVA

    ResponderExcluir
  8. Senhor Fudelino, que o nome já resume. Quando não se está satisfeito em seu ofício, muda-se o ramo de atividade, ou busca-se algo melhor, habilitando-se e profissionalizando-se cada vez mais. Educação é um negócio muito sério, não podemos nos resumir a cursos vagos, por internet que complementam aquele magistério de segundo grau, o senhor deve ter feito este. Por outro lado concordo que o professor tenha que ser valorizado, mas vamos devagar com o andor.

    ResponderExcluir
  9. Caro Fundelino,
    Nem todos professores estão endividados como vc citou acima, apenas estão pedindo revisão no rateio porque isso é um direito que eles possuem.
    Não sei qual é a sua profissão, mas nada dá o direito de subestimar essa profissão tão importante para a sociedade..

    ResponderExcluir
  10. Senhor pai de aluno : o senhor por acaso está satisfeito com o que faz , buscou ou busca algo melhor? profissionaliza-se ou habilita-se mais? está certo que devemos ir devagar com o andor , mas já passou pela sua cabeça que nós professores estamos cansados de ser desvalorizados e desmerecidos por essa administração? Temos descontos em dobro, se perdemos uma hora apenas perdemos o valor de nosso ticket integral, atestados de dentistas não recebemos(mas outros funcionários da prefeitura recebem),temos que passar pelo simpático médico do trabnalho quando vamos ao nosso médico de confiança (sabemos também que é anti ético um médico contestar atestado de outro), não podemos expressar nossas opinões , pois somos chamados de encrenqueiros ou bocudos, nos falta material para trabalhar,só nos são feitas promessas que não são cumpridas,;poderia passar a tarde relatando o que passamos , mas, acho que pelo pouco já dá para perceber que nossa profissão tem muitos espinhos, ah! só mais uma , geralmente temos que conviver com a falta de compromisso dos pais...Joaõ sem braço

    ResponderExcluir

Pedimos a compreensão de todos: caso queira enviar comentário sem ser identificado, envie para o e-mail marcel.rofeal@gmail.com para que, pelo menos a administração deste blog, possa identificar os autores.