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Mensagem especial de Natal

Marcel Rofeal*

Na noite deste sábado (24), certamente, milhões de famílias cristãs se reunirão para celebrar o nascimento de Jesus Cristo, o filho de Deus que foi enviado a terra para salvar a humanidade do pecado há mais de dois mil anos. A instituição da data de 25 de dezembro como o Natal do Senhor ocorreu, no entanto, no ano de 354, pelo Papa Libério, após estudos. Todavia, os primeiros indícios de que esta tenha sido a data do nascimento de Cristo foram apontados por Sexto Júlio Africano, no ano 221.

A princípio, a ideia de se festejar o nascimento de Jesus era repudiada, pois não era costume comemorar aniversário naquela época, portanto não sabiam que dia havia nascido o Senhor. Na parte oriental do Império Romano, o nascimento de Jesus era comemorado no dia 7 de janeiro, data de seu batismo, em virtude da não aceitação do Calendário Gregoriano. O dia 25 de dezembro foi adotado, segundo certos eruditos, para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao “nascimento do Deus Sol Invencível”, que comemorava o Solstício do Inverno.

Foi num esforço dos líderes religiosos para a conversão de pagãos que a festa que era celebrada pelos romanos foi adotada, tentando fazê-la parecer “cristã”. Segundo esse princípio, em tese o Natal do hemisfério sul deveria ser celebrado em junho, portanto. Pela sua origem considerada não bíblica, essa festividade foi proibida na Inglaterra no século 17 e em algumas colônias americanas, por exemplo. Quem ficasse em casa e não fosse trabalhar nesse dia era multado. Mas os velhos costumes logo voltaram, alguns foram acrescentados, e o Natal voltou a ser um grande feriado religioso em muitos países.

Essa época é marcada, visivelmente, pela iluminação, decoração especial, troca de presentes, confraternizações... Mas o mais importante é, muitas vezes, esquecido. Mesmo que simbólica, segundo os estudos, ou de fato, pela fé dos cristãos, a data de 25 de dezembro como o nascimento do Salvador do Mundo, Jesus Cristo, deve ser um momento de reflexão, compaixão e renovação. Cada ser humano deveria fazer uma auto-avaliação de como agiu no último ano, de pedir desculpas se cometeu erros, se magoou alguém, enfim. Já diria Chico Xavier: “Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim”.

Penso que esse é o momento para que cada um de nós reveja aquilo que foi feito, perdoe e peça perdão por alguma falha, agradeça por alguma ajuda ou por o que quer que seja, exponha seu amor a seus familiares, seus amigos etc. Essa noite simboliza o renascimento, o ressurgimento do espírito de paz, união, fraternidade, em cada um de nós, mesmo em quem não possua crenças religiosas, mas que acredita e luta pelo amor. Em meu nome e em nome de Celso Luís, desejo um excelente Natal, cheio de realizações e saúde, mas principalmente de amor, a todos os leitores do Blog Marcel Rofeal.

*Marcel Rofeal é colaborador do jornal “Correio D’Oeste”, redator do jornal “Agosto” e responsável pelo “Blog Marcel Rofeal – BMR”.