Eleições 2012 | Administrações da última década – Parte 1

Ribeirão Bonito encara forte turbulência e entra em fase de recuperação 

Marcel Rofeal, da Redação 

Foto: Reprodução/BMR

O Blog Marcel Rofeal inicia nesta quarta-feira (19) uma série de três reportagens especiais sobre a última década na política de Ribeirão Bonito. Vamos discorrer sobre as últimas três administrações, entre 2002 e 2012, desde o período de turbulência enfrentado no início do século até a recuperação do município. Na primeira reportagem, iremos abordar como foi o fim de um dos piores momentos vividos na cidade e a retomada do controle da administração pública.

• Out./2000: Com pouco mais de 41% dos votos válidos (2.993), Antonio Sergio Mello Buzzá (1950-2012) é eleito prefeito de Ribeirão Bonito pela segunda vez -- já havia ocupado o cargo entre 1989 e 1992 --. Ele derrotou o ex-prefeito Rubens Gayoso Júnior (1950-2008) – que havia ocupado o cargo entre 1993 e 1996 --, que obteve em torno de 31% dos votos válidos, e o então prefeito Francisco Assis de Queiroz, que obteve quase 28% dos votos válidos.
• Mai./2001: Em cinco meses no cargo, o prefeito Sergio Buzzá viu o início da crise no governo. Após receber cartas anônimas, a organização não governamental Amigos Associados de Ribeirão Bonito (Amarribo) – que havia sido fundada em 1999 – denunciou possíveis irregularidades na administração ao Ministério Público, que moveu ação civil pública contra o prefeito, e à Câmara Municipal, que decidiu pela instauração de uma Comissão Especial de Investigação (CEI).
• Abr./2002: No dia 4, a Câmara de Ribeirão Bonito instaura uma Comissão Processante (CP) e inicia o processo de impeachment do prefeito, acusado de desviar cerca de R$ 1 milhão dos cofres públicos. No dia 8 de abril, a Justiça decide afastar Buzzá e quatro assessores dos cargos. Na tarde de 24 de abril, Antonio Sergio Mello Buzzá renuncia ao mandato. O vice-prefeito Antonio Angelo Fabri (PMDB) assume o cargo. Buzzá ainda teve a prisão preventiva decretada no mês seguinte.
• 2002-2004: Ao assumir a Prefeitura de Ribeirão Bonito, Antonio Angelo Fabri deu início à recuperação do Município. Totó Fabri promoveu a reorganização do quadro funcional do Executivo, a revitalização de veículos e maquinário sucateados, o recape em algumas ruas em que o asfalto estava deteriorado, além de iniciar o pagamento de dívidas astronômicas com os fornecedores da administração. Fabri deixou o cargo em 31 de dezembro de 2004 com cerca de R$ 1 milhão em caixa para o sucessor.

Nesta quinta-feira (20), o BMR relembrará os quatro anos do governo de Rubens Gayoso Júnior, o Rubinho, e Paulo Antonio Gobato Veiga. O início do progresso em Ribeirão Bonito e os novos escândalos de corrupção que marcaram a década passada.