Abordagens intensas e baixa criminalidade, mas o trabalho
é paralisado
Marcel Rofeal, especial em Guarapiranga
Fotos: Marcel
Rofeal/BMR
Nesta terça-feira
(17), o BMR publica a segunda parte da série de reportagens especiais sobre a Base
Comunitária de Policiamento Distrital em Guarapiranga, que fica a 12
quilômetros do perímetro urbano de Ribeirão Bonito. Na primeira parte, nesta
segunda-feira (16), recordamos todo o processo que precedeu a implantação da
unidade. Hoje, veremos o impacto provocado pela intensificação no patrulhamento
e os problemas que quase interromperam os trabalhos.
Queixas de moradores –
A corporação da Polícia Militar de Ribeirão Bonito era “ridicularizada” pelas
atuações em Guarapiranga, segundo moradores do distrito relataram em reunião
com o comandante do 38° Batalhão de Polícia Militar do Interior em maio de 2011.
De acordo com denúncias da época, havia demora no atendimento de ocorrências e alguns infratores eram tratados de forma
diferenciada devido ao grau de amizade com o policial em serviço.
O grande número de
armamento presente no distrito também foi apontado como uma das maiores causas
de insegurança entre os moradores. Segundo eles, seria possível apreender “um
caminhão de armas” principalmente aos fins de semana. As infrações cometidas e a
falta de sinalização de trânsito também eram unanimidade entre as queixas.
Problemas relacionados ao consumo e venda de drogas, além de pequenos
furtos a residências e comércios também eram registrados.
Início do
patrulhamento – O policiamento 24 horas por dia, sete dias por semana, provocou
redução nos problemas enfrentados pelos moradores. Designado para a base, o
soldado PM Ademilson Donizeti Domingos mudou-se com a família para Guarapiranga
e intensificou as rondas pelas ruas do pequeno distrito. Com o patrulhamento
intensivo, de acordo com moradores, as corporação e atuação da Polícia Militar
em Ribeirão Bonito passaram a ser respeitadas.
Logo no início dos
trabalhos, uma série de abordagens foi promovida no sentido de inibir as
infrações de trânsito, até então frequentes. Problemas relacionados ao consumo
de drogas diminuíram e as reclamações sobre armas seguiram da mesma forma.
Recentemente, houve apreensão de armas de alto calibre em propriedades de
Guarapiranga. A insegurança já não é um sentimento comum entre os moradores,
que passaram a auxiliar no patrulhamento local.
A pausa nas
atividades – Em julho deste ano, problemas internos da PM provocaram a
interrupção do funcionamento da base de Guarapiranga. Membros do Conselho
Comunitário de Segurança (Conseg) e autoridades do município foram a São Carlos
se reunir com o comando da Polícia Militar e, entre outras reivindicações apresentadas,
solicitaram a manutenção da unidade distrital. O comandante do 38° BPMI,
tenente-coronel Luís Antonio Fernandes Rosa, respondeu positivamente.
De acordo com Rosa,
as atividades seriam mantidas, mas a condução da base sofreria alterações. O
comandante declarou que o policial Ademilson seria transferido e, dentro de 90
dias, um novo PM iria a Guarapiranga. Neste período, houve crescimento no
registro de furtos a casas e estabelecimentos comerciais. Pouco mais de três
meses se passaram e a unidade retomou seu trabalho com o mesmo policial que a
assumiu no início. O PM então pôde executar suas metas.
Há alguns meses, o trabalho foi restabelecido e a base
desempenha papel social em Guarapiranga. A terceira parte da série especial trará,
nesta quarta-feira (18), qual a situação atual do distrito sobre a segurança
pública e os principais problemas enfrentados pelos populares, o relacionamento
com os moradores e autoridades do município e quais as metas traçadas para o
próximo ano. Para rever a primeira parte desta série de reportagens especiais,
publicada na segunda (16), clique aqui.
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