Base Comunitária da PM em Guarapiranga – Parte III

Problemas persistem mesmo com patrulhamento e metas são traçadas 

Marcel Rofeal, especial em Guarapiranga 

Fotos: Marcel Rofeal/BMR

Nesta quarta-feira (18), o BMR conclui a série de três reportagens especiais sobre a implantação da Base Comunitária de Policiamento Distrital em Guarapiranga, distrito localizado a 12 quilômetros do perímetro urbano de Ribeirão Bonito. Na primeira parte, relembramos todo o processo que precedeu a implantação da unidade. Na segunda, o impacto provocado pela intensificação no patrulhamento da área. Na terceira, a situação atual e as metas traçadas para 2014.

Problemas persistem – Nossa reportagem esteve em Guarapiranga e conversou com o comandante da Base, soldado PM Ademilson Donizeti Domingos. Segundo ele, o principal problema enfrentado pelos moradores do distrito é com relação ao som alto emitido, principalmente, por automóveis. De acordo com Domingos, também persiste as ocorrências de infrações no trânsito, porém, com menor intensidade, mas os responsáveis são, geralmente, de fora do distrito.

Atualmente, segundo ele, não problemas relacionados à droga, mas apenas poucos usuários, cujos pontos foram identificados e são monitorados. A criminalidade tem sido inibida em Guarapiranga, de acordo com Ademilson, pela intensificação nas rondas pelos perímetros urbano e rural do distrito, além das orientações repassadas aos moradores, que colaboram com o trabalho da PM. O trabalho ostensivo e preventivo tem total apoio do comando da 2ª Cia, considerado excelente.

Junto à população – Hoje, a Base Comunitária desempenha, além de serviços de segurança, todo um trabalho social junto aos moradores do distrito. Acompanhamos um dia do funcionamento da base, que também é procurada pelos moradores em busca de orientações e auxílio em questões diversas. Em patrulhamento, a viatura é constantemente parada por populares. Além de pedido de informações, o policial é abordado para rápidos bate-papos e com denúncias.

O empresário Ari Presses foi um dos moradores que aceitou conversar com nossa reportagem sobre a base. Segundo ele, que relembrou o episódio em que ladrões levaram o único caminhão de sua empresa, o distrito mudou muito com a chegada da Polícia Militar em plantão 24 horas. “Aos poucos Guarapiranga vai mudando”, disse. De acordo com Presses, a sensação de segurança é algo mais presente na vida do pequeno distrito, mas ressaltou que há poucas coisas a mudar.

Metas para o próximo ano – Como em 2013, a Base Comunitária de Policiamento Distrital promoverá o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) com estudantes e, segundo a Polícia Militar, será o único curso do Proerd no município devido à falta de efetivo. Além do Proerd, o soldado Ademilson pretende promover ações de combate à caça ilegal, que também é um problema identificado em Guarapiranga, além de manter as diretrizes de atuação em curso.

Também está nos planos para 2014 implantar a Cidade-Mirim em Guarapiranga, com orientações de trânsito para crianças do Ensino Fundamental. Para isso, Ademilson já conversou com o comando da 2ª Companhia do 38° BPMI e deve ir a Araraquara para conhecer melhor o programa desenvolvido naquele município. Para isso, serão necessárias bicicletas infantis e uma campanha de arrecadação deve ser intensificada no início do ano, quando serão divulgados todos os detalhes.

Essa série de reportagens foi produzida com a colaboração de Tales Borges Fabbri e só foi possível graças à autorização do comandante da 2ª Companhia do 38° Batalhão de Polícia Militar do Interior, tenente PM Daniel Molina, e do comandante da Base Comunitária de Policiamento Distrital de Guarapiranga, soldado PM Ademilson Domingos. Para conferir as reportagens da série, publicadas na segunda-feira (16) [Parte I] e na terça-feira (17) [Parte II], basta clicar nos links.