Este é também o processo de canonização mais rápido da instituição: João Paulo II se tornará santo apenas nove anos após sua morte
Terra
Foto: Reprodução/Internet
A cerimônia de 27 de abril na Praça São Pedro já
entraria para a história da Igreja pelo fato de dois pontífices – João
Paulo II e João XXIII – estarem sendo canonizados juntos, algo inédito
na história da instituição. Porém, soma-se a este feito, o fato de
outros dois papas – Francisco e Bento XVI –participarem da cerimônia.
Não apenas Francisco e Bento XVI se preparam para a
dupla canonização, mas também todos os católicos e admiradores de João
Paulo II e João XXIII, que prometem lotar a principal praça do Vaticano.
Há, contudo, quem diga que a dupla canonização é um golpe de mestre do
Papa Francisco, que desde que assumiu o pontificado, vem tentando
aproximar os setores conservador e progressista da Igreja, atrair novos
fieis e recuperar aqueles que haviam se distanciado da instituição nos
últimos anos.
João XXIII,
ou Angelo Giuseppe Roncalli, revolucionou a Igreja, não apenas por
romper com a tradição de realizar missas em latim e de costas para os
fieis, mas também por ser o autor universal de um Conselho destinado a
promover a união de cristãos de diversas igrejas.
Nasceu em 25 de novembro de 1881, em Sotto il Monte, ao
norte da Itália, e foi beatificado em 2000 pelo mesmo pontífice com quem
compartilhará a canonização no próximo domingo, João Paulo II.
Embora seja necessário o reconhecimento de dois milgares
por parte da Igreja para que haja a canonização, João XXII teve apenas
um feito considerado. Angelo Giuseppe Roncalli curou uma mulher que
apresentava uma série inflamação do peritônio e um hemorragia gástrica,
em 1996, ao colocar uma imagen do Papa em seu estômago.
Ao
Papa João Paulo II foram atibuídos dois milagers, como preveem as
normas. Ele é responsável pela inexplicável cura de Marie Simon Pierre,
de 51 anos, que sofria da doença de Parkinson, e de Floribeth Mora, que
havia sido acometida por um aneurisma cerebral.
A rápida canonização de Karol Wojtyla, que deixou seu
pontificado ao morrer, em 2005, se deve em grande parte ao Papa Bento
XVI, que extinguiu a norma que previa um intervalo de 5 anos entre a
morte do beatificado e a sua canonização. A canonização de João Paulo II
é, portanto, celebrada, em um prazo recorde.
Até hoje , o papa que se tornará santo no próximo
domingo, é lembrado por ter expressado fortes opiniões sobre os
problemas sociais e políticos de países de todo o mundo, além de ter
encurtado a distancia entre a Igreja e os fieis através de inúmeras
viagens. Não é à toa, que João Paulo II foi apelidado de “atleta de
Deus” e “Papa viajante”.
Carismático e ao mesmo tempo inflexível com temas
morais, João Paulo teve um dos mais longos pontificados da história da
Igreja e pregou ao longo de seus 27 anos a frente da igreja católica a
paz, o diálogo entre as nações e a reconciliação dos judeus.
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