Reunião terá por objetivo apreciar projeto sobre
cargos de cuidadores
Marcel Rofeal, da Redação
Foto: Arquivo/BMR
O projeto polêmico
que dispõe sobre a criação de nove cargos de cuidadores escolares no município
deve passar por nova votação na próxima semana. A Câmara de Ribeirão Bonito
convocou para a noite de segunda-feira (13), a partir das 20h, uma sessão
extraordinária, em pleno recesso legislativo, para a segunda votação da
matéria. Também estão na pauta da reunião outros dois projetos, como o que prevê
a criação de cargos e vagas no magistério do município.
Em primeira votação,
o parlamento rejeitou a matéria no último dia 22, quando o projeto recebeu três
votos contrários; dois vereadores se abstiveram e quatro votaram a favor. O
assunto gerou polêmica após pais de alunos portadores de necessidades especiais
se manifestarem contrários ao projeto. De acordo com um grupo de pais que
participou das discussões, a contratação dos cuidadores prejudicaria os alunos
com deficiência que estão matriculados na rede pública de ensino.
Segundo os pais,
atualmente os alunos são acompanhados por professores especializados em
Educação Especial e, com a aprovação do projeto, esses profissionais seriam
substituídos. De acordo com o Departamento Municipal de Educação, os
profissionais responsáveis pela assistência desses alunos atualmente são
contratados de forma irregular e o projeto apresentado busca regularizar a
situação, uma vez que o Tribunal de Contas do Estado já teria feito
apontamentos.
Ainda de acordo com o
Departamento de Educação, os profissionais que atuam no momento passam por
processo seletivo anualmente e os contratos são rescindidos ao término de cada
ano letivo, mas as funções previstas seriam as mesmas exigidas para os
cuidadores, que passariam por concurso público e, segundo a pasta, receberiam
as devidas capacitações para o exercício das funções, como auxiliar na
alimentação, higiene e locomoção dos alunos, sem influenciar o ensino.
Durante a apreciação
da matéria no Legislativo, foram promovidas duas audiências públicas na Casa.
Em meio à tramitação, o Executivo ainda descobriu falhas no projeto original e
precisou desmembra-lo, o que motivou a retirada da matéria de pauta e a
apresentação de outros dois textos. A sessão de votação foi marcada por
intensos bate-bocas dentro e fora do plenário, entre pais, profissionais da
Educação e vereadores, que deixaram a Câmara de surpresa após reunião fechada.
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