Texto recebeu o voto contrário dos oito vereadores
presentes à sessão
Marcel Rofeal, da Redação
Foto: Arquivo/BMR
O projeto de lei do
Executivo que previa mudanças nos valores das diárias concedidas aos servidores
públicos para o custeio de despesas de alimentação em viagens oficiais a outros
municípios com mais de cinco horas de duração foi rejeitado por oito dos nove
vereadores de Ribeirão Bonito em sessão ordinária da última segunda-feira (16).
Um grupo de motoristas da Saúde, que seriam os mais afetados, foi ao plenário
acompanhar a votação e comemorou o resultado.
Com a proposta, seria
revogada a Lei 2.425, do dia 4 de novembro de 2014. O texto, após permanecer em
pauta na Câmara por cinco meses, foi debatido em audiências públicas com a
presença de autoridades e de representantes dos funcionários antes de ser
aprovado por unanimidade na Casa. A matéria previa valores de R$ 20 a R$ 60 em
diárias com alimentação. A partir da nova proposta, os servidores receberiam apenas entre R$ 20 e R$ 45 para as viagens.
Na tribuna da Casa,
quatro vereadores se manifestaram sobre a matéria. Para o presidente da Câmara,
que repudiou a nova proposta, houve uma série de reuniões no Departamento de
Saúde, uma vez que os motoristas da pasta são os mais atingidos pelo projeto,
quando este ainda ocupava a diretoria de Administração do Executivo e, após
vários encontros, chegou-se a consenso sobre os valores. De acordo com Marcelo
Antonio Lollato (PMDB), foi encontrada uma nota fiscal rasurada.
Também na tribuna,
Luiz Marcelino dos Santos Pallone (PSB) abordou o assunto. O parlamentar havia
acabado de se dizer envergonhado por ter votado a criação de alguns cargos de
confiança e aproveitou para criticar. “Agora o cara quer dar trinta merréis
para nego ir em São Paulo passar fome?”, questionou. “O sujeito passar o dia
todo com 20, 30, 35 reais, isso é desumano, gente, mas não corta na carne o que
eu acabei de dizer aqui, algumas criações de cargos que eu não engulo”.
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