sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Profissionais da Educação ameaçam paralisação após polêmica sobre adequação salarial em Ribeirão Bonito

Audiência pública na Câmara atraiu dezenas de educadores nesta 5ª 

Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito 

Fotos: Marcel Rofeal/BMR
Uma proposta da Prefeitura de Ribeirão Bonito para adequação salarial de professores da Educação Básica ao piso instituído por Lei Federal há duas semanas, causou polêmica na noite desta quinta-feira (28). Mais de 30 educadores, entre eles coordenadores e diretores de escola e a diretora do Departamento Municipal de Educação, participaram de sessão extraordinária na Câmara para a leitura do projeto e de audiência pública promovida pouco depois.

De acordo com o projeto do Executivo, profissionais da Educação Básica I, os chamados PEB I, que hoje recebem um salário de R$ 2.077,20, terão um reajuste em torno de 3% para se adequar ao novo piso nacional, que é de R$ 2.135,64, passando a receber pouco acima do exigido, algo em torno dos R$ 2.136. Em março, o Município deve apresentar a proposta de recomposição salarial de todos os servidores públicos e agentes políticos com base na inflação oficial do ano passado.

A matéria não agradou aos professores do chamado PEB II, os coordenadores e diretores de escola, pois consideram injusto o que acreditam ser um reajuste salarial para parte da categoria. Na Câmara, logo após a leitura do projeto, o presidente da Casa promoveu uma audiência pública para discutir a matéria com profissionais do magistério que foram ao Plenário “Vereador Emygdio Lucato”, alguns até munidos de cartazes em protesto pela valorização salarial dos professores.

O diretor geral da Câmara, Carlos Alberto Mascaro, fez uma explanação sobre o projeto e alternativas de manobras para não prejudicar a classe. Segundo ele, a proposta prevê apenas uma adequação de salários à Lei Federal, o que é dever do Município, mas destacou a necessidade de os parlamentares elaborarem uma emenda ao projeto para garantir que não haja prejuízos aos professores em geral. Mascaro ainda esclareceu as dúvidas dos profissionais presentes.

Segundo ele, os professores do chamado PEB II não estão incluídos no projeto encaminhado à Casa por já receberem acima do piso nacional. Atualmente, o salário desses profissionais gira em torno de R$ 2.161, ou seja, por volta de R$ 26 acima do piso. Já com relação aos coordenadores e diretores de escola, Mascaro esclareceu que os salários são regidos por uma Lei Municipal e que haveria a necessidade de uma nova reforma administrativa para uma valorização salarial.

Em março, o Executivo deve encaminhar ao Legislativo o projeto de recomposição salarial com base na inflação oficial do ano de 2015, o que também causou desentendimento. De acordo com Mascaro, a proposta deve aplicar aos salários, tendo como data-base março do ano passado a porcentagem referente ao índice oficial da inflação do ano passado, algo em torno de 11%. Ainda segundo Mascaro, com base na Lei Orçamentária Anual de 2016, não deve haver aumento real.

Ameaça de paralisação – Não bastasse a polêmica envolvendo o reajuste para janeiro e fevereiro aos professores PEB I, a Prefeitura de Ribeirão Bonito ainda terá que enfrentar a ameaça de greve dos profissionais da Educação caso não apresente, em março, uma proposta de aumento real de salários aos funcionários públicos. Profissionais do magistério se mobilizaram e a expectativa era de paralisação já no início do ano letivo, mas o movimento deve esperar até março.

Durante a audiência, o educador Oswaldo Francelin Junior afirmou que os educadores esperam um aumento real, caso contrário toda a categoria deve interromper suas atividades logo no dia seguinte à votação do projeto à Câmara. “Há seis meses estivemos aqui, discutimos um projeto, e foi falado muito em valorização”, afirmou. “Eu acho que, por mais que a gente tenta, o profissional do magistério nunca vai ser valorizado para chegar no patamar”, complementou o educador.

Também partiu dele um recado ao prefeito Wilson Forte Júnior (PMDB) sobre a situação de desvalorização dos profissionais do magistério. “Eu gostaria que chegasse ao senhor prefeito, que ele se lembrasse muito bem, que para resolver problemas dele com o Tribunal de Contas ele precisou de apoio de profissionais do magistério àquela época, então [...] que ele mande [proposta de aumento] pelo menos pensando que um dia ele precisou da gente para alguma coisa”, enfatizou.

Diário | Hoje é dia 29/01/2016, Sexta-Feira

É o 29° dia do ano. Faltam 189 dias para as Olimpíadas Rio 2016.

Dia Internacional do Hanseniano.

RELIGIOSOS:
Dia de São Gildas;
Dia de São José Freinademetz;
Dia de São Junípero;
Dia de São Valério de Treviri.

PERÍODO ZODÍACO DE: AQUÁRIO (21/01 - 19/02).

Pontilhão da linha férrea completa 100 anos no Morumbi

Local é palco de uma das mais conhecidas lendas urbanas da cidade

Marcel Rofeal, da Redação 

Foto: Beto Piccolo
Uma das construções mais emblemáticas de Ribeirão Bonito, o pontilhão da extinta linha férrea no Jardim Morumbi completou 100 anos de existência nesta quinta-feira (28). As obras duraram em torno de cinco anos, tendo sido iniciadas em meados de 1910 com o aterramento da área na atualmente conhecida Rodovia do Açúcar. A estrutura foi concluída oficialmente em meados de 1914, mas foi inaugurada apenas dois anos depois pela Companhia Douradense.

Registros fotográficos históricos publicados pelo Jornal Correio D’Oeste no início de 2014, em suas edições 2.096 e 2.097, mostram o início e a conclusão das obras. O pontilhão foi erguido a poucos metros da estação ribeirão-bonitense, inaugurada em 1895 e reinaugurada, após sua ampliação, 20 anos depois. Com a desativação da ferrovia em meados da década de 1960 e posterior retirada da linha férrea, a construção passa, por muitas vezes, despercebida pelos moradores.

Com o passar dos anos, devido às suas características, o local ganhou notoriedade histórica como palco de uma das mais famosas lendas urbanas de Ribeirão Bonito. Conta-se que, após ser abandonada no altar, uma noiva completamente atordoada teria se dirigido ao pontilhão e se atirado sobre a linha férrea, sendo atingida por um trem que passava pelo local. A veracidade do suicídio e a data não são conhecidas, mas muitos evitam o local à noite por medo de assombração.

Campanha busca recursos para manutenção do Morro Bom Jesus e da Rádio BJ FM de Ribeirão Bonito

Associação que administra as entidades enfrenta grave crise financeira 

Marcel Rofeal, da Redação 

Fotos: Marcel Rofeal/BMR
Responsável pela administração do Morro Bom Jesus, o principal ponto turístico da cidade, e da rádio comunitária BJ FM, a Associação Cultural e de Promoção Social Casimiro Mikucki enfrenta uma séria crise financeira em decorrência da queda na arrecadação há pelo menos quatro meses. De acordo com uma nota divulgada pela diretoria da entidade há 10 dias, a situação se agravou após o corte no repasse de um subsídio que era concedido pela Câmara Municipal.

O texto, divulgado por meio do portal oficial do Morro Bom Jesus na internet, afirma que a entidade “pede socorro” e destaca a suspensão do subsídio à Rádio Bom Jesus para a transmissão das sessões da Câmara. Em tribuna, o presidente da Casa, Marcelo Antonio Lollato (PMDB), explicou, à época em que suspendeu o auxílio, que a decisão foi tomada com base em um relatório do Tribunal de Contas do Estado, que havia alertado sobre possível irregularidade no repasse.

Também é apontado como um dos fatores responsáveis pelo agravamento da situação o atraso no repasse de uma subvenção da Prefeitura de Ribeirão Bonito para manutenção do Morro Bom Jesus. “Diante disso a associação está há uns quatro meses já fechando as contas no vermelho, situação essa que assombra a diretoria tendo em vista a administração neste ano de 2016”, aponta a nota. Para amenizar as dificuldades, uma campanha foi lançada junto ao comércio local.

A venda de espaços publicitários com o lema “Eu adotei o Morro” é uma das alternativas encontradas pela associação cultural na busca por recursos para a administração do morro e da emissora de rádio. Nove empresas já aderiram à campanha; quatro dessas ainda integram um conjunto de 15 empresas que também patrocinam, por meio de apoio culturais, os trabalhos da rádio comunitária, algumas delas desde a fundação da emissora, há aproximadamente duas décadas.

Morro Bom Jesus – As dificuldades financeiras são os principais empecilhos para o início das obras de adequações do sistema de escoamento das águas pluviais, como exigido pelo Ministério Público Estadual desde 2011. A associação que administra o local e a Paróquia Senhor Bom Jesus da Cana Verde, há quase cinco anos, promovem diversas campanhas em busca de recursos para a execução do projeto, que tem sido minuciosamente estudado e adequado à situação econômica.

Doações – Por extrema necessidade, a entidade emitiu um apelo aos visitantes do Morro Bom Jesus, aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, cuja capela está situada no alto do morro, e aos ouvintes da Rádio BJ. Os interessados em contribuir para com a manutenção dos serviços podem colaborar pela internet (clique aqui), pessoalmente na emissora ou por depósito bancário. Para mais informações sobre como ajudar, clique no banner ao lado ou ligue para (16) 3344-3216.