terça-feira, 3 de maio de 2016

Padre condena venda de votos e cobra projeto para a cidade

Sacerdote disse que corrupção é pecado e criticou administração local 

Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito 

Foto: Marcel Rofeal/BMR
A cerca de cinco meses para as eleições de prefeito e vereadores, o pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus da Cana Verde de Ribeirão Bonito, padre João Francisco Trovilho Morales, voltou a falar sobre política. Em sua homilia na Missa do último domingo (1) à noite, na Igreja São José do Centenário, o sacerdote afirmou que trocar o voto por algum benefício é pecado, pois faz do eleitor um corrupto, e cobrou dos futuros candidatos que apresentem projetos para a cidade.

O religioso comentou sobre a crise e o desemprego que afetam todo o país e afirmou que a situação em Ribeirão Bonito já é preocupante há algum tempo. Segundo ele, o fator agravante foi a redução na contratação de mão de obra pelas usinas devido à mecanização da colheita de cana-de-açúcar. Com o desemprego em alta na cidade, também o comércio foi prejudicado em decorrência da diminuição do fluxo monetário nos estabelecimentos da cidade e o impacto foi ainda maior.

Para ele, que criticou a inércia das últimas administrações no sentido de buscar novas empresas para garantir emprego e renda para a população local, os candidatos e os partidos políticos já discutem as eleições de outubro, mas visam apenas as estratégias de campanha e não apresentam projetos para a cidade. Segundo o padre, os eleitores não devem trocar seus votos por qualquer benefício, o que afirmou ser pecado, mas questionar aos candidatos sobre seus projetos. 

Sobre a atual administração, o padre afirmou que reconhece o empenho no pagamento de precatórios de gestões anteriores e as dificuldades financeiras, mas voltou a criticar a manutenção de diversos assessores em cargos de confiança no Poder Executivo por vários anos e cogitou que poderia haver um acordo de garantia do poder a determinado grupo político. “Já são quatro gestões com os mesmos assessores. Parece que há um compromisso, eu não sei”, destacou o sacerdote.

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