terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Chiquinho volta a falar sobre medidas amargas e anuncia parte da equipe em entrevista antes da posse

Por duas horas, então prefeito eleito de Ribeirão Bonito respondeu todas as perguntas e explicou decisões consideradas impopulares 

Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito 

Fotos: Marcel Rofeal/BMR
Em sua última entrevista na condição de prefeito eleito de Ribeirão Bonito, Francisco José Campaner (PSDB) conversou com o jornalista Pedro Sérgio Ronco, do Blog do Ronco, no início da tarde do último sábado (31) em um programa especial veiculado pela emissora comunitária Bom Jesus FM. Chiquinho respondeu a todas as perguntas, entre assuntos pessoais e o que deve ser prioridade de sua gestão, principalmente nos primeiros 100 dias de governo.

A princípio, Campaner revelou que considera como grandes administradores de Ribeirão Bonito os ex-prefeitos Juca de Moraes, Sylvio Gomes de Camargo, Eduardo Gobato e Felipe Mercúrio, mas destacou a importância política do também ex-prefeito Luís Caron Celestino. Ele comentou a nova composição do Legislativo. “Considero que Ribeirão Bonito deu uma cartada violentissimamente certa escolhendo jovens, pessoas que tem compromisso e pessoas de bem”, disse.

Disse também que irá conciliar a vida de empresário às funções de prefeito. “Após os quatro anos, se Deus assim me permitir administrar Ribeirão Bonito, eu volto para a minha empresa, [vou] viver dela. Eu não faço da política um meio de sobrevivência”, afirmou. Segundo Campaner, “depois das coisas encaminhadas”, ele estará na empresa durante a manhã e dará expediente na Prefeitura ao longo do dia. Chiquinho também deve despachar no Gabinete durante o período noturno.

Sobre suas virtudes, afirmou acreditar naquilo que sonha e almeja, e que luta por seus ideais. Por outro lado, reconheceu que a teimosia e as opiniões fortes são os principais defeitos, juntamente ao fato de não ser hipócrita. Questionado sobre sua equipe, disse que é formada por “bombeiros” e incendiários, mas que as decisões são tomadas em consenso entre o grupo. Também anunciou nomes que devem compor a administração e que os salários dos assessores será R$ 1,2 mil.

Como adiantou na cerimônia de diplomação, em dezembro, disse que será necessário tomar “medidas amargas”, entre elas a renegociação de contratos, cortes na folha de pagamentos e dispensa de funcionários aposentados, aumento de tarifas, como a da água – dos atuais R$ 12 para até R$ 30 – e correção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em 2018. Segundo ele, se espera uma redução de 35% das despesas e o objetivo é buscar o aumento de receitas.

Falou ainda sobre temas como Saúde, Educação, coleta de lixo, funcionalismo público, tratamento de esgoto, terceirização de serviços e investimentos. Questionado sobre as dificuldades dos primeiros 100 dias, disse que serão 365 dias vezes quatro de dificuldades. “Só peço para a população compreender o seguinte, como diria aquele filme, meu nome é Francisco, mas não é Francisco nem do Papa e nem de São Francisco. Não estou em condições de fazer milagre”, disse.

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