Vereadores promovem audiência pública em Guarapiranga

Projeto do Legislativo leva parlamentares aos bairros de Ribeirão Bonito. Moradores do distrito denunciam abandono por parte da Prefeitura

Marcel Rofeal, de Guarapiranga

Foto: Marcel Rofeal/BMR

Cerca de 40 moradores do distrito de Guarapiranga, localizado a 12 quilômetros da cidade, participaram da primeira audiência promovida pela Câmara de Ribeirão Bonito a partir do projeto “Câmara Itinerante”, uma iniciativa dos parlamentares da 17ª legislatura. O encontro ocorreu na noite da última segunda-feira (24) no Salão Paroquial da Comunidade São João Batista. Três dos nove vereadores conversaram com os populares e ouviram suas principais reivindicações.

Além do Diretor Geral da Câmara, Carlos Alberto Mascaro, representaram o Legislativo os vereadores João Victor Machado Borges (PSB), Manoelito da Silva Gomes (PTB) e Regivaldo Rodrigues da Silva (PSDB). Os políticos explicaram à população as dificuldades nos trabalhos legislativos e revelaram que as reivindicações apresentadas ao Executivo não são ouvidas. Vereadores e moradores comentaram a administração do prefeito Francisco José Campaner (PSDB), que foi criticado.

Para o vereador Reginho, único parlamentar do mesmo partido do prefeito, os primeiros meses da nova administração lhe deixaram “envergonhado”. As críticas ao governo Chiquinho Campaner foram quase que uma unanimidade entre os moradores, que se queixaram do abandono de Guarapiranga e cobraram os investimentos prometidos. Segundo populares, havia um compromisso de investimento a partir da economia do subsídio destinado ao subprefeito, que não foi nomeado.

Também presente ao encontro, o diácono Francileudo Gomes Oliveira de Lacerda, representante da Igreja Católica no distrito, disse que a única voz ativa de Guarapiranga tem sido a Igreja, e moradores reforçaram a falta de representatividade. “Nós não temos representantes”, se queixou uma moradora. “Todos os vereadores são representantes da população”, destacou o vereador Manezinho. Na visão do Legislativo, a reunião foi considerada um “embrião” e “muito proveitosa”.