Braço direito de Chiquinho não teria gostado de manchetes do impresso
Marcel Rofeal, da Redação
Foto: Arquivo/BMR
Ao olhar de muitos,
pode parecer algo simples, mas o gesto praticado pelo chefe de Gabinete do
prefeito Francisco José Campaner (PSDB), Edmo Gonçalo Marchetti, é cheio de
simbolismo e significados para a imprensa. Diante de manchetes negativas à
administração, Marchetti simplesmente rasgou a edição de abril do Jornal
Correio D’Oeste, impresso centenário e ainda em circulação em Ribeirão Bonito.
Essa prática gerou grande revolta entre moradores e autoridades.
De acordo com relato do
redator do periódico, o jornalista Júlio Cesar Teodoro Barbosa, Marchetti, que
é conhecido por Pino, recebeu o impresso em sua sala, no Paço Municipal, e ao
observar alguns textos publicados teria amassado e rasgado o jornal. Para o
jornalista, o gesto de Marchetti teria lhe provocado uma grande dor. “Eu senti
como se tivesse matado um filho meu”, declarou Barbosa. A informação
rapidamente se espalhou pela cidade e imediatamente provocou reações negativas.
Na tribuna da Câmara, o
vereador José Eraldo Chiavoloni (DEM) criticou a postura do chefe de Gabinete
do prefeito e considerou a atitude “um desacato ao Correio D’Oeste”. Pela
internet, jornalistas também criticaram o comportamento do assessor de
Chiquinho. Sobrinha do jornalista Blota Júnior, diretor de honra do Correio D’Oeste,
a advogada Dagmar Blota classificou o gesto como desrespeito à história de
Ribeirão Bonito, aos leitores e à família Blota e aos
colaboradores.
“Se você rasgar um
livro ou um jornal estará mudando a história do que lá vai escrito”,
questionou. Em um texto, intitulado “O pino que não é o da minha perna”, ela afirma
ter ficado “profundamente triste” ao saber que o assessor de Gabinete do
prefeito rasgou e amassou o impresso “só porque não concordou com o conteúdo do
jornal”. “Mas não conseguiu mudar a história, tampouco seu conteúdo”, concluiu.
A Prefeitura de Ribeirão Bonito não quis se manifestar sobre a informação.
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