quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Saúde na UTI: PS de Ribeirão Bonito fica sem médico em parte da manhã de terça

Moradores relataram demora no atendimento e fontes ligadas ao Departamento de Saúde confirmaram ausência de profissional por três horas

Município também chegou a ficar sem ambulância e viaturas quebraram durante deslocamentos (Arquivo/Blog Marcel Rofeal)
Imagine chegar à unidade de Pronto Atendimento com um familiar sofrendo um ataque cardíaco ou um AVC (Acidente Vascular Cerebral), ou ainda sofrer um acidente grave e ter que esperar por até três horas para receber socorro. Tudo isso poderia ter acontecido na manhã da última terça-feira (24) no Pronto Socorro Municipal de Ribeirão Bonito. Usuários relataram ao BLOG MARCEL ROFEAL uma longa espera por atendimento devido à ausência de médicos em um local em que jamais poderia faltar. Enquanto isso, por falta de pagamentos, profissionais continuam deixando o município.

A denúncia chegou ao BMR no início da tarde de terça por pacientes que aguardaram atendimento e relataram que uma fila se formou e que a unidade ficou lotada. A informação foi confirmada pouco depois pela reportagem junto a fontes ligadas ao Departamento Municipal de Saúde. Foram cerca de três horas, no período das 7h às 10h, em que a unidade permaneceu aberta, mas funcionou apenas como uma UBS (Unidade Básica de Saúde) ou posto de PSF (Programa de Saúde da Família), que já existem nos bairros. Por sorte, não houve registros de emergências durante esse horário.

O episódio demonstra que a falta de atenção à Saúde de Ribeirão Bonito continua se agravando. As ambulâncias estão sucateadas, conforme relatos de usuários e dos próprios funcionários. Através de redes sociais, o registro de um morador que filmou a transferência de um paciente da UTI Móvel para uma ambulância comum, durante atendimento no Jardim Heliana, repercutiu. De acordo com o relato, a unidade de resgate quebrou durante o atendimento e outra viatura precisou ser deslocada. Semanas depois, o Município pediu ajuda às cidades de Dourado e Trabiju por falta de ambulâncias.

Também veículos usados no transporte de pacientes para outras cidades apresentam problemas com frequência, segundo apontam alguns moradores. Se os problemas já não fossem graves, profissionais continuam deixando de prestar serviço em Ribeirão Bonito por atrasos no pagamento de salários, o que a Prefeitura confirmou, mas não justificou. E a situação ainda pode piorar, segundo previsão de investimentos para os próximos anos, mas isso será pauta de outra reportagem. A respeito da situação relatada acima, o Departamento Municipal de Saúde de Ribeirão Bonito ainda não se manifestou.

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