Prefeito por duas vezes, Rubinho foi vítima de um
câncer no estômago
Marcel Rofeal, da Redação
Fotos: Arquivo/Blog
do Ronco
Há um ano, Ribeirão
Bonito perdeu uma das pessoas mais queridas pela população. Rubens Gayoso
Júnior (PT), o Rubinho, foi vereador e prefeito por duas vezes no município,
sendo o último mandato entre o dia 1° de janeiro de 2005 e 4 de março de 2008,
quando foi cassado pela Câmara Municipal por improbidade administrativa. Gayoso
sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a falecer em decorrência de um
câncer no estômago aos 58 anos de idade.
Rubinho nasceu em 24
de fevereiro de 1950 em Ribeirão Bonito, filho de Rubens Gayoso e Cecília
Pereira Gayoso. Conquistou amigos ao longo de sua vida com o jeito brincalhão,
debochado e de pavio curto. Casou-se com Vilma Ema Celestino Gayoso, filha do
ex-prefeito Luiz Caron Celestino, com quem teve uma filha, Isabela. Entrou para
a política em meados da década de 1980, quando foi eleito vereador em Ribeirão
Bonito.
Tornou-se prefeito
pela primeira vez em 1993, quando promoveu uma renovação da frota municipal e
pavimentação de ruas públicas além de, entre outras, a construção da Avenida
Primavera e a implantação da Associação Ribeirão-Bonitense de Educação e
Assistências, conhecida como Guarda Mirim. Em 1994, Rubinho perdeu o vice-prefeito
de sua chapa, o ex-prefeito Victor Arnaldo Torrezan, vítima de um grave
acidente automobilístico no trevo de acesso ao município.
Deixou a prefeitura
em 1996, quando apoiou a candidatura de Francisco Assis de Queiroz (PSDB) para
sua sucessão. Fran venceu as eleições, mas decidiu se candidatar à reeleição, e
não apoiar Rubinho em 2000. O rompimento da parceria resultou na vitória de
Antonio Sergio Mello Buzzá. Após a crise política do início dos anos 2000,
Gayoso venceu as eleições de 2004 e tornou-se prefeito pela segunda vez em 1°
de janeiro de 2005.
Chefe do Executivo,
Rubens Gayoso Júnior promoveu novas operações de recapeamento na cidade, a
distribuição de cartilhas sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal e a
recuperação de uma área atingida pela cratera de 100 metros no conjunto
habitacional “Victor Arnaldo Torrezan”. Em 2007, denunciou quatro vereadores
flagrados pedindo propina em troca de apoio político e passou a ser alvo de
denúncias de improbidade administrativa na Câmara Municipal.
Ainda em 2007,
Rubinho foi alvo de três comissões de investigação no Legislativo e de ações
civis públicas movidas pelo Ministério Público Estadual. As denúncias de
irregularidades na Prefeitura de Ribeirão Bonito provocaram a cassação de
mandato do prefeito no dia 4 de março de 2008, véspera do aniversário da
cidade. O prefeito cassado recorreu da decisão da Câmara Municipal no Tribunal
de Justiça de São Paulo, mas não obteve sucesso.
Poucos meses após
deixar o cargo, Gayoso foi diagnosticado com neoplasia maligna no estômago.
Levado a diversos especialistas, o ex-prefeito retornou a Ribeirão Bonito com a
informação de que não haveria muito a ser feito. No dia 5 de outubro, durante
as eleições municipais, fez sua última aparição pública na Escola Municipal “Coronel
Pinto Ferraz”, onde entrou amparado por familiares e amigos. O estado de saúde
de Rubens Gayoso Júnior se agravou.
No dia 15 de outubro
de 2008, Rubinho foi levado ao Hospital Amaral Carvalho de Jaú para dar início
ao tratamento intensivo. Por volta de uma hora da manhã do dia 21 de outubro,
Rubens Gayoso Júnior não resistiu a uma parada cardiorrespiratória e morreu.
Segundo o boletim divulgado pelo hospital, o ex-prefeito chegou muito debilitado
e sem condições de receber a quimioterapia. O corpo foi velado no saguão da
Prefeitura Municipal e o prefeito Paulo Veiga (PPS) decretou luto oficial por
três dias.
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