Me molhei muito mais dentro do Legislativo do que na Rua
Marcel Rofeal, da Redação
Lamentável o ocorrido na noite de ontem com o Poder Legislativo de Ribeirão Bonito. Mais uma forte chuva que castigou a cidade, mais uma inundação no prédio da Câmara Municipal. Documentos se perdendo, aparelhos eletrônicos queimando e uma infinidade de prejuízos causados pelo mau estado em que se encontra o teto daquele prédio.
Ontem, quando fui chamado para testemunhar essa tragédia, não imaginei que fosse de tais proporções. Me molhei muito mais estando dentro das dependências do Legislativo do que na caminhada pela chuva ao sair do carro na rua para adentrar à sede do órgão. Realizei ali minha função e saí completamente ensopado, como a maioria dos que ali se encontravam.
Realmente, não há sombra de dúvidas, a Câmara Municipal de Ribeirão Bonito necessita, urgentemente, de uma transferência definitiva. O problema que hoje assola, aliás há muito tempo, e impede o trabalho dos vereadores, por ter culminado com o adiamento de uma sessão extraordinária importante, já poderia ter sido resolvido há muito tempo.
Houve legislatura em que sobrou dinheiro público que, ao invés de ser aplicado em um serviço de grande utilidade que seria o reparo ou transferência de local do Legislativo, foi entregue de volta aos caixas do município como pode ser visto em fotografia, pois houve o interesse em uma ampla divulgação do feito à época, mesmo que gerou muitíssimos elogios.
Não poderia ser diferente: o único ponto do prédio que não foi afetado pelas quedas d'água, pois mais pareciam cachoeiras do que simples goteiras, foi o banheiro, construído em uma legislatura passada quando a mesma era presidida pelo atual presidente. O cubículo, pelo tamanho ser muito pequeno como o restante do prédio, ficou mais pequeno ainda ao ser ocupado pelos documentos que eram retirados dos outros pontos na intenção de serem salvos.
Seria cômico se não fosse trágico. Uma vez que ciente do que iria encontrar, poderia ter levado uma roupa de banho ou uma sunga e aproveitado o calor e o volume de água para nadar! Olhei pela janela e me espantei ao ver a água escorrer: pensei que fosse por fora, mas direcionei meu olhar um pouco mais acima e percebi que estava escorrendo pela parede no interior do gabinete do Presidente da Câmara.
Acredito não ser um exagero ao afirmar que os funcionários do Legislativo Municipal, assim como os vereadores que ali permanecem, estão correndo risco de que o teto desabe sobre eles a qualquer momento. Não sei como tal acontecimento não se fez valer ontem mesmo, com a quantidade estrondosa de água que jorrava de cima.
Reafirmo votos de repúdio a legisladores passados que optaram por exibir uma imagem de bom político ao transferir a sede ou reparar danos na estrutura da Casa do Povo. Ressalvo meu apoio e exigência de que medidas sejam tomadas imediatamente, no que tudo indica serão mesmo, e a Câmara Municipal receba uma nova Casa. Somente a partir de tal feito todos os cidadãos poderão adentrar ao plenário sem a dúvida: "devo abrir ou fechar o guarda-chuva?".
Marcel Rofeal, da Redação
Ontem, quando fui chamado para testemunhar essa tragédia, não imaginei que fosse de tais proporções. Me molhei muito mais estando dentro das dependências do Legislativo do que na caminhada pela chuva ao sair do carro na rua para adentrar à sede do órgão. Realizei ali minha função e saí completamente ensopado, como a maioria dos que ali se encontravam.
Realmente, não há sombra de dúvidas, a Câmara Municipal de Ribeirão Bonito necessita, urgentemente, de uma transferência definitiva. O problema que hoje assola, aliás há muito tempo, e impede o trabalho dos vereadores, por ter culminado com o adiamento de uma sessão extraordinária importante, já poderia ter sido resolvido há muito tempo.
Houve legislatura em que sobrou dinheiro público que, ao invés de ser aplicado em um serviço de grande utilidade que seria o reparo ou transferência de local do Legislativo, foi entregue de volta aos caixas do município como pode ser visto em fotografia, pois houve o interesse em uma ampla divulgação do feito à época, mesmo que gerou muitíssimos elogios.
Não poderia ser diferente: o único ponto do prédio que não foi afetado pelas quedas d'água, pois mais pareciam cachoeiras do que simples goteiras, foi o banheiro, construído em uma legislatura passada quando a mesma era presidida pelo atual presidente. O cubículo, pelo tamanho ser muito pequeno como o restante do prédio, ficou mais pequeno ainda ao ser ocupado pelos documentos que eram retirados dos outros pontos na intenção de serem salvos.
Seria cômico se não fosse trágico. Uma vez que ciente do que iria encontrar, poderia ter levado uma roupa de banho ou uma sunga e aproveitado o calor e o volume de água para nadar! Olhei pela janela e me espantei ao ver a água escorrer: pensei que fosse por fora, mas direcionei meu olhar um pouco mais acima e percebi que estava escorrendo pela parede no interior do gabinete do Presidente da Câmara.
Acredito não ser um exagero ao afirmar que os funcionários do Legislativo Municipal, assim como os vereadores que ali permanecem, estão correndo risco de que o teto desabe sobre eles a qualquer momento. Não sei como tal acontecimento não se fez valer ontem mesmo, com a quantidade estrondosa de água que jorrava de cima.
Reafirmo votos de repúdio a legisladores passados que optaram por exibir uma imagem de bom político ao transferir a sede ou reparar danos na estrutura da Casa do Povo. Ressalvo meu apoio e exigência de que medidas sejam tomadas imediatamente, no que tudo indica serão mesmo, e a Câmara Municipal receba uma nova Casa. Somente a partir de tal feito todos os cidadãos poderão adentrar ao plenário sem a dúvida: "devo abrir ou fechar o guarda-chuva?".
Um comentário:
Parabéns Marcel, por sua reportagem... e voto de repúdio àqueles que só quiseram aparecer na foto e não respeitaram o dinheiro público! Que prejuízo pudemos observar pelas fotos! Sem contar os documentos... o prejuízo histórico!!! Lamentável o episódio
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