Ribeirão Bonito é um Município do interior paulista com 11.857 habitantes, segundo o censo do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, realizado em 2009. Possui uma área de 471.478 Km², com uma densidade de 25,3 hab/Km², localizada a uma altitude de 590 metros, há cerca de 270 Km da Capital.
Teve origem em Ouro Fino, Minas Gerais, de onde migraram alguns integrantes da Família Alves Costa, fundadores da cidade. Ainda Vila em crescente prosperidade, pertencia ao Município de Brotas que era bem distante, o que dificultava a assistência em serviços essenciais como missas, casamentos, batizados etc.
A necessidade de criação de uma nova paróquia fez com que José Venâncio Alves Costa e Joaquim de Souza Pinto lembrassem à Joaquim Alves Costa da promessa por este de doar ao Bom Jesus alguns alqueires de terras para a construção de uma capela, se o mesmo se curasse de um ferimento que o deixou acamado por vários dias.
Consta que em uma manhã de 6 de Agosto, dia do Senhor Bom Jesus, Joaquim pôs-se a derrubar uma árvore, em descaso às advertências feitas por familiares, e acabou sendo atingido por ela, o que o deixou seriamente ferido. Prometeu, se recuperado, a doação de terras ao Bom Jesus, o que aconteceu tempos mais tarde.
Na época em que foi recordado, Joaquim não possui terras para que pudesse concretizar a promessa, porém, seus irmãos Antonio e Thomaz Alves Costa, e o cunhado Manoel Garcia de Oliveira, doaram 15 alqueires de terras paulistas para a construção da capela ao Senhor Bom Jesus, contratada com João Leite de Arruda em 2 de março de 1872.
Construída na base do Morro Bom Jesus, também conhecido como Morro do José Pinto, a capela foi a Matriz da paróquia durante anos. Pouco depois, abria-se o cemitério na parte alta da cidade, enquanto várias casas de comércio se instalavam ao entorno da capela. Em 8 de março de 1882, o Governo Provincial decreta a criação da freguesia e distrito de paz de Ribeirão Bonito.
Com a promulgação da Lei n° 16, são nomeadas as primeiras autoridades locais: Subdelegado Sebastião de Quadros Pacheco, 1° Suplente João José Guimarães, 2° Suplente Dionísio de Seixas Ribeiro; Juízes de Paz Antonio Francisco de Macedo, Francisco Luiz Simões e José Alves Delfino; e Escrivão de Paz Evaristo Barbosa Caldas.
Em 1884, cria-se a agência dos Correios. Nesse mesmo período funcionava uma escola primária a cargo de Dionísio de Seixas Ribeiro. Como já servia na localidade, Padre Antonio Alvarez Guedes Vaz foi escolhido o primeiro vigário da freguesia, prestando serviços durante muitos anos à comunidade enquanto essa progredia.
No dia 5 de março de 1890, pelo Decreto n° 24, Ribeirão Bonito torna-se Município, tendo seus primeiros vereadores: Pe. Antonio Alves Guedes Vaz, João Batista Montana, Manoel Rodrigues da Fonseca Melo, José Ignácio Sá Bitencourt e José Venâncio Alves Costa. Dois anos e dez dias depois, em 15 de março de 1892, foi criado o termo de Ribeirão Bonito, pelo Decreto n° 38, nomeando seu primeiro Juíz Municipal o Dr. João de Melo Peixoto.
Passados alguns meses, em setembro daquele ano o referido termo foi elevado à Comarca, sendo nomeado o Juíz de Direito Alberto Júlio Pinto Pacca. Em 1893, o Cemitério Municipal localizado na parte alta da cidade foi desativado. No dia 10 de maio de 1894, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro inaugura a Estação Ferroviária de Ribeirão Bonito.
Com o impulso na economia do Município, uma série de fatos sucedidos vieram consolidando o Município, como a inauguração do sistema de abastecimento de água domiciliar em 1899. Cinco anos depois, em 1904, a Capela do Senhor Bom Jesus foi demolida para a construção da Igreja Matriz, que foi concluída em 1907.
No dia 12 de outubro de 1909, é inaugurado o Grupo Escolar de Ribeirão Bonito, iniciando suas atividades em 1910. Em 1911, foi implantado o sistema de iluminação elétrica e, dois anos depois, em 1913 o sistema de esgoto sanitário. Em 6 de janeiro de 1915 foi fundado o Jornal Correio D'Oeste, primeiro veículo de imprensa local.
Em 6 de abril de 1960, foi instituído pela Lei n° 202 o Brasão de Ribeirão Bonito, de autoria do heraldista Salvador Thaumaturgo. Conhecida como a Cidade Presépio, no início do século XXI uma mobilização popular deu origem à nova nomenclatura de Capital da Cidadania, quando a fase de combate à corrupção marcou a cidade.
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