Internacional: Irã propõe novo acordo sobre enriquecimento de urânio - Blog Marcel Rofeal

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quarta-feira, 17 de março de 2010

Internacional: Irã propõe novo acordo sobre enriquecimento de urânio

EM MEIO A CRESCENTE PRESSÃO POR SANÇÕES, IRANIANOS SURPREENDEM COM PROPOSTA

O Irã está disposto a realizar uma troca, de apenas uma vez e em seu território, de 1.200 kg de urânio enriquecido a 3,5% por 120 kg de combustível enriquecido a 20%, anunciou Ali Akbar Salehi, diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica, nesta quarta-feira (17) em uma entrevista. Salehi afirmou:

- Estamos dispostos a entregar a totalidade do urânio, mas com a condição de que a troca aconteça no Irã e de maneira simultânea. Estamos dispostos a dar 1.200 kg (de urânio enriquecido a 3,5%) para receber simultaneamente 120 kg de combustível enriquecido a 20% para o reator de pesquisas de Teerã.

O Irã surpreendeu com o anúncio de fazer tal troca, em uma única etapa, do urânio levemente enriquecido por combustível mais enriquecido, necessário para o funcionamento de um reator de pesquisa médica em Teerã.

A questão das reservas de urânio é o grande obstáculo da polêmica entre Teerã e as potências ocidentais, que suspeitam de uma tentativa iraniana de desenvolver armamento atômico.

Para fabricar uma bomba nuclear é necessário combustível enriquecido a 90%.

O Irã recusou um projeto de acordo apresentado em outubro do ano passado com a mediação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

O projeto previa que a entrega por parte do Irã à Rússia de 1.200 kg de urânio enriquecido a 3,5% para o enriquecimento a 20%, antes de ser transformado pela França em combustível para o reator de pesquisas de Teerã, que fabrica isótopos para produtos médicos.

Teerã justificou a recusa com a afirmação de que o projeto de acordo não apresentava as garantias necessárias para a entrega do combustível.

As potências ocidentais, em particular Estados Unidos, França e Reino Unido, tentam impor novas sanções a Teerã pela falta de cooperação na questão nuclear.

BRASIL SOFRE PRESSÕES SOBRE QUESTÃO DE SANÇÕES


A posição oficial do Brasil, já dita e confirmada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, é a de que há ainda margem de negociação com o Irã.

No entanto, Estados Unidos, Alemanha e até mesmo uma aliada próxima como a França insistem que o momento de sanções chegou.

Em visita a Israel, Lula ouviu de praticamente todos, desde o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, passando pelo presidente, Shimon Peres, e pela líder da oposição, Tzipi Livni, que reconsidere sua posição em relação aos iranianos.

O jornal israelense Haaretz publicou em sua versão on-line que os Estados Unidos transportam 387 bombas para a base de Diego Garcia, no Oceano Índico, como preparação para um possível ataque contra instalações nucleares iranianas.

Do R7 - O Portal de Notícias da Record

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