REPRESENTANTES DE CINCO PAÍSES CHEGARAM A UM ACORDO COM A CHINA DURANTE UMA CONFERÊNCIA POR TELEFONE
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) chegaram a um consenso nesta quarta-feira sobre a quarta rodada de sanções contra o Irã, por seu controverso programa nuclear, e devem começar a rascunhar o documento nos próximos dias, disse uma fonte ligada as negociações.
A fonte, que falou em condição de anonimato à agência de notícias Reuters, afirmou que representantes do Reino Unido, Estados Unidos, França, Rússia e da Alemanha (que não é membro permanente, mas participa dos esforços) chegaram a um acordo com a reticente China durante uma conferência por telefone.
A China, que tem no Irã um importante fornecedor de petróleo, mostra-se oficialmente relutante em aceitar uma quarta rodada de sanções contra o Irã e defende a diplomacia e negociações sobre o controverso programa nuclear iraniano. Como membro permanente, ela tem poder de vetar qualquer proposta de sanção apresentada no Conselho.
"Foi acordado com a China o começo do rascunho das sanções contra o Irã", disse a fonte. "O rascunho da resolução do Conselho de Segurança deve começar nos próximos dias".
As potências ocidentais acusam Irã de manter um programa nuclear para produzir armas. Teerã nega a acusação e diz ter apenas fins pacíficos.
O Irã recusou um projeto de acordo apresentado pelas seis potências em outubro do ano passado, com a mediação da Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA). O projeto previa que a entrega por parte do Irã à Rússia de 1.200 quilos de urânio enriquecido a 3,5% para o enriquecimento a 20%, antes de ser transformado pela França em combustível para o reator de pesquisas de Teerã, que fabrica isótopos para produtos médicos.
Teerã justificou a recusa com a afirmação de que o projeto de acordo não apresentava as garantias necessárias para a entrega do combustível. Depois disso, o país apresentou uma contraproposta para um intercâmbio gradual e oscilou acenos de diálogo com duras declarações sobre a soberania de seu programa nuclear.
Com a paralisação das negociações, o Irã começou a enriquecer o urânio a 20% em fevereiro passado, m,esmo diante da repreensão das potências. Desde então, os EUA lideram uma campanha pela nova rodada de sanções.
A Rússia, outro membro relutante com as sanções ao Irã, cedeu e admitiu a possibilidade de aprovar o novo pacote. O último obstáculo era justamente a China que, segundo diplomatas, está vagarosa e relutantemente aproximando sua postura com a das demais potências sobre o Irã.
Pequim, afirmam os diplomatas, quer que as medidas não sejam muito amplas.
A ideia de Washington é que o novo documento fosse aprovado até o próximo mês, antes de uma conferência da ONU sobre o Tratado de Não Proliferação, marcado para maio. Fontes ligadas ao processo dizem, contudo, que as negociações devem ser arrastadas até junho.
"Esta é uma grande vitória para os Estados Unidos e os europeus", disse a fonte, "China tomou grandes medidas".
Washington já sinalizava uma concessão de Pequim no tema. Mais cedo nesta quarta-feira, o porta-voz da Casa Branca, Bill Burton, disse que os chineses "sabem que não é de seu interesse ter uma corrida nuclear no Oriente Médio".
Da Folha Online e Agência Reuters
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) chegaram a um consenso nesta quarta-feira sobre a quarta rodada de sanções contra o Irã, por seu controverso programa nuclear, e devem começar a rascunhar o documento nos próximos dias, disse uma fonte ligada as negociações.
A fonte, que falou em condição de anonimato à agência de notícias Reuters, afirmou que representantes do Reino Unido, Estados Unidos, França, Rússia e da Alemanha (que não é membro permanente, mas participa dos esforços) chegaram a um acordo com a reticente China durante uma conferência por telefone.
A China, que tem no Irã um importante fornecedor de petróleo, mostra-se oficialmente relutante em aceitar uma quarta rodada de sanções contra o Irã e defende a diplomacia e negociações sobre o controverso programa nuclear iraniano. Como membro permanente, ela tem poder de vetar qualquer proposta de sanção apresentada no Conselho.
"Foi acordado com a China o começo do rascunho das sanções contra o Irã", disse a fonte. "O rascunho da resolução do Conselho de Segurança deve começar nos próximos dias".
As potências ocidentais acusam Irã de manter um programa nuclear para produzir armas. Teerã nega a acusação e diz ter apenas fins pacíficos.
O Irã recusou um projeto de acordo apresentado pelas seis potências em outubro do ano passado, com a mediação da Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA). O projeto previa que a entrega por parte do Irã à Rússia de 1.200 quilos de urânio enriquecido a 3,5% para o enriquecimento a 20%, antes de ser transformado pela França em combustível para o reator de pesquisas de Teerã, que fabrica isótopos para produtos médicos.
Teerã justificou a recusa com a afirmação de que o projeto de acordo não apresentava as garantias necessárias para a entrega do combustível. Depois disso, o país apresentou uma contraproposta para um intercâmbio gradual e oscilou acenos de diálogo com duras declarações sobre a soberania de seu programa nuclear.
Com a paralisação das negociações, o Irã começou a enriquecer o urânio a 20% em fevereiro passado, m,esmo diante da repreensão das potências. Desde então, os EUA lideram uma campanha pela nova rodada de sanções.
A Rússia, outro membro relutante com as sanções ao Irã, cedeu e admitiu a possibilidade de aprovar o novo pacote. O último obstáculo era justamente a China que, segundo diplomatas, está vagarosa e relutantemente aproximando sua postura com a das demais potências sobre o Irã.
Pequim, afirmam os diplomatas, quer que as medidas não sejam muito amplas.
A ideia de Washington é que o novo documento fosse aprovado até o próximo mês, antes de uma conferência da ONU sobre o Tratado de Não Proliferação, marcado para maio. Fontes ligadas ao processo dizem, contudo, que as negociações devem ser arrastadas até junho.
"Esta é uma grande vitória para os Estados Unidos e os europeus", disse a fonte, "China tomou grandes medidas".
Washington já sinalizava uma concessão de Pequim no tema. Mais cedo nesta quarta-feira, o porta-voz da Casa Branca, Bill Burton, disse que os chineses "sabem que não é de seu interesse ter uma corrida nuclear no Oriente Médio".
Da Folha Online e Agência Reuters
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