"O GOVERNO NÃO ESTÁ SENDO INTRANSIGENTE", DIZ MINISTRO DAS RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
Maria Clara Cabral, Gabriel Baldocchi e Julianna Sofia, da Folha em Brasília
O Ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) rejeitou qualquer aumento acima de 7% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo. Padilha disse que o presidente Lula já precisou vetar reajuste para a categoria outras vezes e que o governo está tranquilo quanto ao assunto. O ministro se reuniu nesta terça-feira com os principais líderes partidários da Câmara dos Deputados.
"Não nos responsabilizamos com qualquer outra proposta, além daquilo que o governo suporta. Quem tudo quer nada tem", disse ele. "O governo não está sendo intransigente. Já está dando um aumento real para os aposentados".
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, foi além: "Eu acho que o presidente vai vetar [aumento acima de 6,14%], mas eu não posso dizer pelo presidente. O nosso compromisso foi feito. Não achamos razoável simplesmente porque tem eleição aí todo mundo queira fazer grandes bondades", apontou o ministro depois de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega e o governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB).
Bernardo reiterou a proposta do governo de garantir 6,14% de reajuste aos aposentados. "Nossa posição é essa. Eu não tenho condições de obrigar nenhum líder a fazer o que a gente acordou com as centrais", afirmou em resposta ao patamar de 7% defendido por líderes do governo.
Mesmo diante da posição dos ministros, os deputados da base reafirmaram após o encontro que devem votar em um reajuste maior, de 7,7%. Esse foi o índice acertado pelos líderes dos partidos aliados no Senado. "Queremos um acordo que englobe a Câmara e o Senado", afirmou o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).
Padilha disse que já se reuniu com o líder do governo, senador Romero Jucá (RR), e que foi claro ao dizer que um reajuste maior não era possível.
A medida provisória que trata do reajuste dos aposentados que ganham acima de um salário mínimo tranca a pauta da Câmara. Originalmente, ela concede um aumento de 6,14%. O relator da proposta, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), garante que vota o texto esta semana, mesmo se for para ser derrotado.
PREVIDÊNCIA
Mais cedo, o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, disse que o Executivo já fez sua parte e que nem o reajuste de 7% para as aposentadorias, negociado com líderes da base governista na Câmara, está assegurado.
"Havia uma discussão na Câmara, mas agora o assunto está nas mãos do Legislativo, que vai decidir o índice e de onde virá o dinheiro. O Executivo fez sua parte: o reajuste de 6,14%, que está na medida provisória", declarou Gabas, referindo-se às divergências sobre o reajuste levantadas no Senado. Os senadores querem um aumento de 7,7% para os benefícios.
Maria Clara Cabral, Gabriel Baldocchi e Julianna Sofia, da Folha em Brasília
O Ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) rejeitou qualquer aumento acima de 7% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo. Padilha disse que o presidente Lula já precisou vetar reajuste para a categoria outras vezes e que o governo está tranquilo quanto ao assunto. O ministro se reuniu nesta terça-feira com os principais líderes partidários da Câmara dos Deputados.
"Não nos responsabilizamos com qualquer outra proposta, além daquilo que o governo suporta. Quem tudo quer nada tem", disse ele. "O governo não está sendo intransigente. Já está dando um aumento real para os aposentados".
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, foi além: "Eu acho que o presidente vai vetar [aumento acima de 6,14%], mas eu não posso dizer pelo presidente. O nosso compromisso foi feito. Não achamos razoável simplesmente porque tem eleição aí todo mundo queira fazer grandes bondades", apontou o ministro depois de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega e o governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB).
Bernardo reiterou a proposta do governo de garantir 6,14% de reajuste aos aposentados. "Nossa posição é essa. Eu não tenho condições de obrigar nenhum líder a fazer o que a gente acordou com as centrais", afirmou em resposta ao patamar de 7% defendido por líderes do governo.
Mesmo diante da posição dos ministros, os deputados da base reafirmaram após o encontro que devem votar em um reajuste maior, de 7,7%. Esse foi o índice acertado pelos líderes dos partidos aliados no Senado. "Queremos um acordo que englobe a Câmara e o Senado", afirmou o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).
Padilha disse que já se reuniu com o líder do governo, senador Romero Jucá (RR), e que foi claro ao dizer que um reajuste maior não era possível.
A medida provisória que trata do reajuste dos aposentados que ganham acima de um salário mínimo tranca a pauta da Câmara. Originalmente, ela concede um aumento de 6,14%. O relator da proposta, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), garante que vota o texto esta semana, mesmo se for para ser derrotado.
PREVIDÊNCIA
Mais cedo, o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, disse que o Executivo já fez sua parte e que nem o reajuste de 7% para as aposentadorias, negociado com líderes da base governista na Câmara, está assegurado.
"Havia uma discussão na Câmara, mas agora o assunto está nas mãos do Legislativo, que vai decidir o índice e de onde virá o dinheiro. O Executivo fez sua parte: o reajuste de 6,14%, que está na medida provisória", declarou Gabas, referindo-se às divergências sobre o reajuste levantadas no Senado. Os senadores querem um aumento de 7,7% para os benefícios.
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