LÍDER DA OPOSIÇÃO DISSE QUE ESPERA RENÚNCIA FORMAL
Olga Dzyubenko e Maria Golovnina, da Reuter em Bishkek
A líder oposicionista Roza Otunbayeva disse nesta quarta-feira que assumiu o poder no Quirguistão após violentos protestos que obrigaram o presidente Kurmanbek Bakiyev a fugir da capital dessa ex-república soviética da Ásia Central.
Otunbayeva, que ajudou Bakiyev a assumir o governo, em 2005, disse que agora espera a renúncia formal dele.
"Temos um governo interino agora, e estou à frente dele", ela disse à Reuters por telefone. "O governo vai continuar funcionando por meio ano, durante o qual vamos redigir a Constituição e criar condições para eleições livres e limpas."
Uma deputada da oposição havia dito anteriormente à Reuters que Bakiyev fugira da capital, Bishkek, onde manifestantes incendiaram a procuradoria-geral e tentaram atirar caminhões contra prédios públicos. Ele teria se refugiado em Osh, no sul do país.
Otunbayeva disse que não teve contato com Bakiyev e que não tinha ideia do seu paradeiro.
O presidente chegou ao poder graças à "Revolução da Tulipa", que há cinco anos derrubou o primeiro presidente do Quirguistão pós-soviético, Askar Akayev. Otunbayeva foi ministra de Relações Exteriores de Bakiyev.
Nenhum porta-voz do governo supostamente deposto foi localizado para comentar. Tiroteios esporádicos continuaram durante a noite em Bishkek, enquanto multidões saqueavam lojas e corriam por ruas repletas de destroços e vidros, assoviando e agitando as bandeiras vermelhas do país. Muitos prédios continuavam em chamas, inclusive a sede da procuradoria-geral.
A agência local de notícias Kabar disse que os saqueadores atacaram e queimaram uma casa pertencente à família de Bakiyev.
Os Estados Unidos mantêm no país uma base aérea que dá apoio às tropas no Afeganistão. A Rússia também tem uma base nessa nação de 5,3 milhões de habitantes, que recebe muitas doações norte-americanas, da Rússia e da vizinha China.
O Departamento de Estado dos EUA disse que as operações na base aérea da cidade de Manas não parecem ter sido afetadas.
"Neste momento, o centro de trânsito no aeroporto de Manas funciona normalmente", disse o porta-voz P.J. Crowley. "É uma instalação importante, conectada às nossas operações afegãs, e está funcionando normalmente."
O descontentamento popular com a pobreza, a inflação e a corrupção domina o Quirguistão desde o começo de março. Cerca de um terço da população vive abaixo da linha da pobreza, e as remessas financeiras de emigrantes na Rússia caíram durante a crise financeira global.
Olga Dzyubenko e Maria Golovnina, da Reuter em Bishkek
A líder oposicionista Roza Otunbayeva disse nesta quarta-feira que assumiu o poder no Quirguistão após violentos protestos que obrigaram o presidente Kurmanbek Bakiyev a fugir da capital dessa ex-república soviética da Ásia Central.
Otunbayeva, que ajudou Bakiyev a assumir o governo, em 2005, disse que agora espera a renúncia formal dele.
"Temos um governo interino agora, e estou à frente dele", ela disse à Reuters por telefone. "O governo vai continuar funcionando por meio ano, durante o qual vamos redigir a Constituição e criar condições para eleições livres e limpas."
Uma deputada da oposição havia dito anteriormente à Reuters que Bakiyev fugira da capital, Bishkek, onde manifestantes incendiaram a procuradoria-geral e tentaram atirar caminhões contra prédios públicos. Ele teria se refugiado em Osh, no sul do país.
Otunbayeva disse que não teve contato com Bakiyev e que não tinha ideia do seu paradeiro.
O presidente chegou ao poder graças à "Revolução da Tulipa", que há cinco anos derrubou o primeiro presidente do Quirguistão pós-soviético, Askar Akayev. Otunbayeva foi ministra de Relações Exteriores de Bakiyev.
Nenhum porta-voz do governo supostamente deposto foi localizado para comentar. Tiroteios esporádicos continuaram durante a noite em Bishkek, enquanto multidões saqueavam lojas e corriam por ruas repletas de destroços e vidros, assoviando e agitando as bandeiras vermelhas do país. Muitos prédios continuavam em chamas, inclusive a sede da procuradoria-geral.
A agência local de notícias Kabar disse que os saqueadores atacaram e queimaram uma casa pertencente à família de Bakiyev.
Os Estados Unidos mantêm no país uma base aérea que dá apoio às tropas no Afeganistão. A Rússia também tem uma base nessa nação de 5,3 milhões de habitantes, que recebe muitas doações norte-americanas, da Rússia e da vizinha China.
O Departamento de Estado dos EUA disse que as operações na base aérea da cidade de Manas não parecem ter sido afetadas.
"Neste momento, o centro de trânsito no aeroporto de Manas funciona normalmente", disse o porta-voz P.J. Crowley. "É uma instalação importante, conectada às nossas operações afegãs, e está funcionando normalmente."
O descontentamento popular com a pobreza, a inflação e a corrupção domina o Quirguistão desde o começo de março. Cerca de um terço da população vive abaixo da linha da pobreza, e as remessas financeiras de emigrantes na Rússia caíram durante a crise financeira global.
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