"EU, QUE ESTAVA PRESENTE, VI UM CLIMA MUITO [...] EMOCIONANTE" EXPLICOU O REPRESENTANTE DO VATICANO
Da Ansa, na Cidade do Vaticano
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, classificou de comovente e "cheio de esperança, renascimento e reconciliação" o encontro mantido neste domingo entre o papa Bento 16 e oito vítimas de abuso sexual de membros do clero em Malta.
"Eu, que estava presente, vi um clima muito, muito emocionante, muito profundo, mas também muito sereno", explicou o representante da Santa Sé, descrevendo a reunião ocorrida no segundo dia da viagem do pontífice ao arquipélago mediterrâneo.
"O encontro foi muito simples e diria que é uma mensagem na maneira em que aconteceu: discreto, longe do clamor da mídia e da publicidade", afirmou Lombardi.
O porta-voz relatou em entrevista à Rádio Vaticano que o evento começou com um momento de oração e prosseguiu com Bento 16 ouvindo as vítimas, que disseram "tudo aquilo que podiam ter no coração e queriam dizer ao papa como pastor e como pai".
O padre assinalou ainda que "as respostas foram muito simples, muito espontâneas, de participação, de dor, de oração, de encorajamento, de esperança, que o papa pode dizer a qualquer um deles", explicando que o encontro se referiu a "curar as feridas pessoais profundas".
"O caminho não é tanto aquele das mensagens gritadas, mas é justamente o da escuta e do diálogo em profundidade", acrescentou.
Bento 16 "concluiu este encontro com uma oração comum e com uma bênção", relatou Lombardi. "Me parece compreender que os testemunhos dados pelos próprios participantes, que quiseram falar-lhe livremente, foram extremamente positivos", completou.
LÁGRIMAS DO PAPA
Segundo informações, o pontífice teria chorado durante a reunião com oito vítimas de pedofilia molestadas durante os anos 1980, na época em que moravam em um orfanato católico na localidade de Santa Verena. Na ocasião, Bento 16 expressou "consternação" e "vergonha e dor por aquilo que as vítimas e suas famílias sofreram".
Ainda nesta segunda-feira, o porta-voz da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Domenico Pompili, disse que as ações do papa Bento 16 durante sua visita a Malta "deram a percepção de qual é a atitude da Igreja" em relação ao tema, de "não acobertar nunca" e "usar a máxima transparência" quanto aos casos de abuso.
De acordo com Pompili, esta é também "a primeira grande lição de comunicação, porque se é comunicativo quando se é capaz de dizer as coisas como são, sem fingimentos".
Já o diretor do jornal vaticano "L'Osservatore Romano", Gian Maria Vian, declarou que o encontro de Bento 16 com as vítimas maltesas de pedofilia demonstram a vontade de estabelecer um processo de "purificação".
Da Ansa, na Cidade do Vaticano
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, classificou de comovente e "cheio de esperança, renascimento e reconciliação" o encontro mantido neste domingo entre o papa Bento 16 e oito vítimas de abuso sexual de membros do clero em Malta.
"Eu, que estava presente, vi um clima muito, muito emocionante, muito profundo, mas também muito sereno", explicou o representante da Santa Sé, descrevendo a reunião ocorrida no segundo dia da viagem do pontífice ao arquipélago mediterrâneo.
"O encontro foi muito simples e diria que é uma mensagem na maneira em que aconteceu: discreto, longe do clamor da mídia e da publicidade", afirmou Lombardi.
O porta-voz relatou em entrevista à Rádio Vaticano que o evento começou com um momento de oração e prosseguiu com Bento 16 ouvindo as vítimas, que disseram "tudo aquilo que podiam ter no coração e queriam dizer ao papa como pastor e como pai".
O padre assinalou ainda que "as respostas foram muito simples, muito espontâneas, de participação, de dor, de oração, de encorajamento, de esperança, que o papa pode dizer a qualquer um deles", explicando que o encontro se referiu a "curar as feridas pessoais profundas".
"O caminho não é tanto aquele das mensagens gritadas, mas é justamente o da escuta e do diálogo em profundidade", acrescentou.
Bento 16 "concluiu este encontro com uma oração comum e com uma bênção", relatou Lombardi. "Me parece compreender que os testemunhos dados pelos próprios participantes, que quiseram falar-lhe livremente, foram extremamente positivos", completou.
LÁGRIMAS DO PAPA
Segundo informações, o pontífice teria chorado durante a reunião com oito vítimas de pedofilia molestadas durante os anos 1980, na época em que moravam em um orfanato católico na localidade de Santa Verena. Na ocasião, Bento 16 expressou "consternação" e "vergonha e dor por aquilo que as vítimas e suas famílias sofreram".
Ainda nesta segunda-feira, o porta-voz da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Domenico Pompili, disse que as ações do papa Bento 16 durante sua visita a Malta "deram a percepção de qual é a atitude da Igreja" em relação ao tema, de "não acobertar nunca" e "usar a máxima transparência" quanto aos casos de abuso.
De acordo com Pompili, esta é também "a primeira grande lição de comunicação, porque se é comunicativo quando se é capaz de dizer as coisas como são, sem fingimentos".
Já o diretor do jornal vaticano "L'Osservatore Romano", Gian Maria Vian, declarou que o encontro de Bento 16 com as vítimas maltesas de pedofilia demonstram a vontade de estabelecer um processo de "purificação".
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