AGENTE DIZ QUE ESTEVE COM O JOGADOR NA POLÍCIA FEDERAL EM JUNHO DE 2007 PARA DENUNCIAR O CRIME
Do O Dia Online, no Rio de Janeiro
Adriano porta armas e faz sigla CV de Comando Vermelho (Fotos: Reprodução)
O empresário do atacante Adriano, Gilmar Rinaldi, disse na manhã desta segunda-feira que as fotos publicadas com exclusividade pelo Jornal O Dia nesta segunda-feira são fruto de uma extorsão sofrida pelo Imperador.
De acordo com o agente, em junho de 2007 ele esteve com Adriano na Polícia Federal para denunciar o crime. Rinaldi diz que Adriano nunca cedeu às ameaças do suposto chantageador.
Ainda segundo o empresário, a arma dourada na verdade é um abajour e que a outra, preta, é uma réplica, usanda para jogos de paintball.
ENTENDA O CASO
Com viagem marcada para o dia 6 rumo à paradisíaca Sardenha, no Mar Mediterrâneo, onde ficará uma semana de férias antes de se apresentar ao seu novo clube, a Roma, o ex-atacante do Flamengo Adriano tem um compromisso na agenda hoje, às 14h.
O craque foi intimado a dar explicações na 38ª DP (Brás de Pina) sobre supostas transações financeiras com homens ligados à quadrilha de Fabiano Atanásio da Silva, o FB, chefe do tráfico da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. E mais: a Polícia Civil investiga duas fotos em que Imperador posa de atirador e mostra com as mãos o sinal de uma facção criminosa.
Apontado como o mentor da execução do ex-diretor de Bangu 3, José Roberto do Amaral Lourenço, em outubro de 2008, o criminoso FB também comandou o ataque ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, em 17 de outubro de 2009, que resultou na derrubada do helicóptero da PM, matando três policiais.
A fotografia foi tirada na cozinha da casa do jogador, na cidade de Como, vizinha a Milão, na Itália, quando ele atuava na Internazionade. Quem aparece ao lado de Adriano seria outro jogador, também nascido e criado nas favelas da Penha. Assim como Adriano, ele faz pose de atirador. De acordo com a assessoria do atacante, a peça seria parte de um abajur que enfeitava a sala do craque.
GRUPO DERRUBOU HELICÓPTERO DA PM
Na madrugada do dia 17 de outubro, traficantes do Comando Vermelho (CV) se reuniram nos complexos do Alemão, da Penha e no Jacarezinho e formaram um ‘bonde’ até o Morro São João, no Engenho Novo. Dali, eles deram início da uma das mais sangrentas batalhas pelo controle de bocas de fumo dos últimos anos.
A invasão ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, fez com que a Polícia Militar tentasse intervir para acabar com o confronto. Já de manhã, quando um helicóptero da PM sobrevoava as comunidades, foi alvejado e começou a pegar fogo. O piloto ainda conseguiu levar a aeronave até a Vila Olímpica do Sampaio, onde se espatifou. Três policiais morreram.
No fim de abril, a 25ª DP (Engenho Novo) concluiu suas investigações sobre o episódio e pediu a prisão preventiva de pelo menos 14 bandidos que teriam participado do ataque. Entre eles FB, Mica, Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, e outros líderes do CV.
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