quarta-feira, 19 de maio de 2010

Liberal-democrata promete maior reforma política em quase 200 anos no Reino Unido

VICE-PRIMEIRO-MINISTRO PRETENDE REORGANIZAR O SISTEMA APÓS SE UNIR A CONSERVADORES

Da Agência EFE

Em seu primeiro discurso como vice-primeiro-ministro do Reino Unido, o liberal-democrata Nick Clegg apresentou nesta quarta-feira (19) os planos de reforma política do novo governo de coalizão, a fim de conseguir a mais profunda reorganização na democracia do país em quase 200 anos.

Forte crítico do sistema eleitoral britânico, de maioria simples porque favorece o bipartidarismo, Clegg disse que a nova administração conservadora-liberal-democrata terá foco na reforma política, uma mudança que ele considera fundamental.

Para Clegg, estes planos representam a mudança mais significativa da democracia britânica desde a Lei da Grande Reforma de 1832, quando mais cidadãos tiveram o acesso ao voto.

- Esta é uma mudança fundamental na relação entre o Estado e o cidadão.

Esse foi o primeiro discurso à imprensa desde que ele assumiu o governo de coalizão, no último dia 11 de maio.

Clegg ainda afirmou que o novo governo não se sente inseguro de renunciar o controle do Estado.

- Este governo será diferente de qualquer outro. Ele vai transformar nossa política, de modo que o Estado tenha menos controle sobre as pessoas e mais sobre o Estado.

Entre os planos, está o estabelecimento de períodos parlamentares fixos, ao invés de ser uma decisão do primeiro-ministro como é feito atualmente. Além disso, ele anunciou planos para que a Câmara dos Lordes conte com mais membros escolhidos democraticamente. E falou ainda sobre a convocação de um plebiscito sobre a reforma do sistema eleitoral, de maneira que se possa iniciar um processo baseado na proporcionalidade dos votos (atualmente, o partido que consegue mais votos elege o parlamentar em cada região, independentemente de conseguir a maioria dos votos ou não).

Clegg, responsável na nova administração pelos assuntos relacionados com a reforma política, afirmou que o governo quer que os cidadãos façam propostas sobre as leis que gostariam de suprimir, como parte do que chamou "a revolução do poder".

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