Presidente fará visita de dois dias por região afetada por maior acidente ambiental dos EUA
Da Reuters e BBC
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cobrou nesta segunda-feira, 14, progressos na implantação do sistema relativo ao pagamento de indenizações pelo vazamento de petróleo no Golfo do México.
"Iniciamos conversas preliminares sobre como estruturamos um mecanismo para que as reivindicações legítimas que serão apresentadas (...) sejam tratadas de forma justa e imediata", disse Obama durante sua quarta visita à costa do Golfo do México desde o início do vazamento de petróleo que afeta a região.
O roteiro de dois dias de Obama inclui os estados de Mississippi, Alabama e Flórida. Na terça-feira, o presidente fará um pronunciamento à nação sobre o tema.
Obama se reúne na quarta-feira com executivos da empresa British Petroleum, responsável pelo acidente, e assessores disseram que ele irá pressionar a companhia a acelerar a abertura de uma conta para o pagamento de indenizações por um acidente que provoca enormes prejuízos econômicos e ambientais.
O presidente disse que "é cedo ainda" para fazer o anúncio sobre a criação do mecanismo de pagamento das indenizações. "Mas minha esperança é que (na quarta-feira) tenhamos feito algum avanço nessa frente.
Ele disse ainda que é seguro consumir frutos do mar do Golfo do México, e prometeu esforços do governo para que "continue desse jeito."
"As pessoas vão ficar frustradas, e algumas vão ficar com raiva, mas prometo isso a vocês: essas coisas vão voltar ao normal."
Energia Limpa
Obama pediu que a população apoie uma campanha por energia limpa e "abrace um novo futuro".
"Nós estamos trabalhando para responsabilizar a (petroleira britânica) BP pelos danos às terras e aos meios de sustento (dos habitantes) da costa do Golfo, e estamos tomando firmes precauções para garantir que um vazamento como esse nunca mais volte a ocorrer", disse Obama em um comunicado.
"Mas nosso trabalho não vai terminar com essa crise", diz o texto, que foi distribuído por e-mail a membros do Partido Democrata e apoiadores da campanha presidencial de Obama em 2008 e pede que os destinatários incluam seus nomes em uma campanha por energia limpa.
"Chegou a hora, de uma vez por todas, de esta nação abraçar inteiramente um novo futuro", afirmou Obama. "É assim que vamos reinventar nossa economia."
As estimativas mais recentes são de que o poço danificado, localizado a cerca de 1,5 mil metros de profundidade, esteja despejando cerca de 40 mil barris de petróleo por dia no Golfo do México.
Dependência
Segundo Obama, a transição para uma economia de energia limpa vai exigir um período de adaptação e terá custos.
"Mas se nos recusarmos a prestar atenção nos alertas do desastre do Golfo nós teremos perdido a nossa melhor oportunidade de buscar o futuro de energia limpa que sabemos que a América precisa para prosperar nos próximos anos e décadas", disse.
O presidente disse que, na semana passada, convidou legisladores de ambos os partidos para discutir maneiras de avançar com uma legislação "para promover uma nova economia, movida por empregos verdes e combate às mudanças climáticas, e pôr fim à nossa dependência de petróleo estrangeiro".
Obama disse ainda que, apesar responder por mais de 20% do consumo mundial de petróleo, os Estados Unidos têm menos de 2% das reservas mundiais.
"Além dos riscos inerentes à exploração a quatro milhas abaixo da superfície da Terra, a nossa dependência de petróleo significa que nós vamos continuar a enviar bilhões de dólares da nossa suada riqueza a outros países a cada mês, muitos deles em regiões perigosas e instáveis", afirmou.
"Em outras palavras, a nossa contínua dependência de combustíveis fósseis vai colocar em risco a nossa segurança nacional. Vai sufocar o nosso planeta. E vai continuar a colocar a nossa economia e o nosso meio ambiente em perigo", disse Obama.
"Nós não podemos mais adiar, e é por isso que estou pedindo a ajuda de vocês", afirmou o presidente no comunicado.
Comparação
Obama já havia dito que o vazamento vai mudar para sempre a maneira como os americanos encaram a questão energética e chegou a comparar o desastre no Golfo aos ataques de 11 de setembro de 2001.
"Da mesma forma que a visão sobre nossas vulnerabilidades e nossa política externa foi profundamente moldada pelo 11 de Setembro, eu acredito que esse desastre vá moldar a maneira como pensamos sobre o meio ambiente e a energia por muitos anos", disse o presidente em entrevista ao site americano Politico.
O governo americano vem aumentando a pressão sobre a petroleira britânica BP, em meio ao crescente descontentamento da população com o vazamento no Golfo, considerado o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.
Um dispositivo colocado pela BP na semana passada sobre a área danificada está recolhendo em torno de 15 mil barris por dia, volume ainda insuficiente para interromper o vazamento. A empresa já gastou US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 2,9 bilhões) desde o início do vazamento, e viu o valor de suas ações cair cerca de 45% desde abril.
Da Reuters e BBC
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cobrou nesta segunda-feira, 14, progressos na implantação do sistema relativo ao pagamento de indenizações pelo vazamento de petróleo no Golfo do México.
"Iniciamos conversas preliminares sobre como estruturamos um mecanismo para que as reivindicações legítimas que serão apresentadas (...) sejam tratadas de forma justa e imediata", disse Obama durante sua quarta visita à costa do Golfo do México desde o início do vazamento de petróleo que afeta a região.
O roteiro de dois dias de Obama inclui os estados de Mississippi, Alabama e Flórida. Na terça-feira, o presidente fará um pronunciamento à nação sobre o tema.
Obama se reúne na quarta-feira com executivos da empresa British Petroleum, responsável pelo acidente, e assessores disseram que ele irá pressionar a companhia a acelerar a abertura de uma conta para o pagamento de indenizações por um acidente que provoca enormes prejuízos econômicos e ambientais.
O presidente disse que "é cedo ainda" para fazer o anúncio sobre a criação do mecanismo de pagamento das indenizações. "Mas minha esperança é que (na quarta-feira) tenhamos feito algum avanço nessa frente.
Ele disse ainda que é seguro consumir frutos do mar do Golfo do México, e prometeu esforços do governo para que "continue desse jeito."
"As pessoas vão ficar frustradas, e algumas vão ficar com raiva, mas prometo isso a vocês: essas coisas vão voltar ao normal."
Energia Limpa
Obama pediu que a população apoie uma campanha por energia limpa e "abrace um novo futuro".
"Nós estamos trabalhando para responsabilizar a (petroleira britânica) BP pelos danos às terras e aos meios de sustento (dos habitantes) da costa do Golfo, e estamos tomando firmes precauções para garantir que um vazamento como esse nunca mais volte a ocorrer", disse Obama em um comunicado.
"Mas nosso trabalho não vai terminar com essa crise", diz o texto, que foi distribuído por e-mail a membros do Partido Democrata e apoiadores da campanha presidencial de Obama em 2008 e pede que os destinatários incluam seus nomes em uma campanha por energia limpa.
"Chegou a hora, de uma vez por todas, de esta nação abraçar inteiramente um novo futuro", afirmou Obama. "É assim que vamos reinventar nossa economia."
As estimativas mais recentes são de que o poço danificado, localizado a cerca de 1,5 mil metros de profundidade, esteja despejando cerca de 40 mil barris de petróleo por dia no Golfo do México.
Dependência
Segundo Obama, a transição para uma economia de energia limpa vai exigir um período de adaptação e terá custos.
"Mas se nos recusarmos a prestar atenção nos alertas do desastre do Golfo nós teremos perdido a nossa melhor oportunidade de buscar o futuro de energia limpa que sabemos que a América precisa para prosperar nos próximos anos e décadas", disse.
O presidente disse que, na semana passada, convidou legisladores de ambos os partidos para discutir maneiras de avançar com uma legislação "para promover uma nova economia, movida por empregos verdes e combate às mudanças climáticas, e pôr fim à nossa dependência de petróleo estrangeiro".
Obama disse ainda que, apesar responder por mais de 20% do consumo mundial de petróleo, os Estados Unidos têm menos de 2% das reservas mundiais.
"Além dos riscos inerentes à exploração a quatro milhas abaixo da superfície da Terra, a nossa dependência de petróleo significa que nós vamos continuar a enviar bilhões de dólares da nossa suada riqueza a outros países a cada mês, muitos deles em regiões perigosas e instáveis", afirmou.
"Em outras palavras, a nossa contínua dependência de combustíveis fósseis vai colocar em risco a nossa segurança nacional. Vai sufocar o nosso planeta. E vai continuar a colocar a nossa economia e o nosso meio ambiente em perigo", disse Obama.
"Nós não podemos mais adiar, e é por isso que estou pedindo a ajuda de vocês", afirmou o presidente no comunicado.
Comparação
Obama já havia dito que o vazamento vai mudar para sempre a maneira como os americanos encaram a questão energética e chegou a comparar o desastre no Golfo aos ataques de 11 de setembro de 2001.
"Da mesma forma que a visão sobre nossas vulnerabilidades e nossa política externa foi profundamente moldada pelo 11 de Setembro, eu acredito que esse desastre vá moldar a maneira como pensamos sobre o meio ambiente e a energia por muitos anos", disse o presidente em entrevista ao site americano Politico.
O governo americano vem aumentando a pressão sobre a petroleira britânica BP, em meio ao crescente descontentamento da população com o vazamento no Golfo, considerado o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.
Um dispositivo colocado pela BP na semana passada sobre a área danificada está recolhendo em torno de 15 mil barris por dia, volume ainda insuficiente para interromper o vazamento. A empresa já gastou US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 2,9 bilhões) desde o início do vazamento, e viu o valor de suas ações cair cerca de 45% desde abril.
Nenhum comentário:
Postar um comentário