Polícia do Rio esteve na casa do jogador na manhã de hoje, mas ele não foi encontrado
Rodrigo Viga Gaier, da Reuters no Rio de Janeiro
Foto: Agência Estado
O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu no final da noite de terça-feira a prisão temporária do goleiro Bruno do Flamengo e de seu funcionário Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão. Os dois são suspeitos de envolvimento no desaparecimento da ex-namorada do jogador, Eliza Samudio.
Na manhã desta quarta-feira, a polícia do Rio de Janeiro foi até a casa onde mora o jogador, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro, mas Bruno não foi encontrado.
A mulher do jogador, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, foi presa nesta madrugada em Belo Horizonte.Ela também é suspeita de envolvimento no desaparecimento da estudante.
O pedido de prisão ocorreu após depoimento de um primo do atleta, de 17 anos de idade, que teria contado detalhes sobre o desaparecimento da ex-namorada do jogador.
O adolescente foi levado pela polícia na terça-feira depois que um tio dele revelou o envolvimento do sobrinho no sumiço de Eliza.
No depoimento, o menor contou que ele e Romão sequestraram Eliza no Rio de Janeiro e a levaram em um carro de Bruno para Minas Gerais, onde o jogador tem um sítio.
O jovem acrescentou que estava escondido no porta-malas e que discutiu com Eliza depois de ter sido descoberto por ela no trajeto da viagem.
Segundo os investigadores que acompanharam o depoimento, o rapaz relatou que deu uma coronhada na modelo, provocando sangramento. Ele afirmou que Eliza foi morta, mas que o golpe com o revólver não teria sido o motivo da morte.
O adolescente negou qualquer envolvimento de Bruno no caso.
O goleiro do Flamengo mantém um sítio na cidade mineira de Esmeraldas e nos últimos dias a polícia local esteve na residência de Bruno à procura de pistas e evidências que pudessem ajudar na investigação.
Eliza afirma ter tido um filho, fruto de um relacionamento com o goleiro do Flamengo. Em outubro do ano passado, Eliza prestou queixa em uma delegacia do Rio de Janeiro contra o goleiro, alegando que tinha sido sequestrada, agredida e obrigada a tomar medicamentos abortivos.
Um exame de urina da modelo só foi analisado pela polícia técnica na semana passada, oito meses após a denúncia.
O primeiro exame detectou a presença de substâncias abortivas na amostra, mas a polícia destacou que a combinação de fumo e cerveja poderia acusar a presença das mesmas substâncias.
Um exame de contraprova foi solicitado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o resultado divulgado nesta terça-feira acusou a presença de piperitina, que pode ser encontrada em alguns chás abortivos.
O resultado, no entanto, descartou a presença de calmantes e sedativos, contrariando o que havia denunciado Eliza em outubro do ano passado.
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