Líderes negam atritos entre os dois países; americano elogia israelense por progresso em Gaza
Do Estadão.com, com Agências Internacionais
Foto: Kevin Lamarque/Reuters
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta terça-feira, 6, que os laços de seu país com Israel são "inquebráveis". A declaração do americano foi feita na Casa Branca, durante encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que por sua vez disse estar comprometido com o processo de paz com os palestinos, o principal assunto da reunião desta terça.Netanyahu concordou com Obama sobre a relação entre EUA e Israel e disse que os boatos de que os laços diplomáticos entre os países estariam deteriorados são falsos. Tais especulações começaram após o Estado judeu aprovar a construção de novos assentamentos em Jerusalém durante a visita do vice-presidente americano, Joe Biden, o que foi considerado uma provocação.
Obama, por sua vez, elogiou os "progressos" de Israel ao aliviar o bloqueio a Gaza e ainda disse que "é um bom momento", para que as negociações diretas de paz entre israelenses e palestinos sejam retomadas, o que ele disse esperar que aconteça em setembro.
O líder israelense, que se disse "completamente comprometido com o processo de paz no Oriente Médio", também pediu a Obama que mantenha a pressão por sanções mais severas contra o Irã. Os EUA lideraram o grupo de potências que aprovou uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o país persa por seu controvertido programa nuclear. Israel considera o Irã um inimigo mortal e a maior ameaça para a região.
O presidente dos EUA, que tem pressionado Israel para que os diálogos de paz fossem retomados, reconheceu que Netanyahu está "disposto a assumir riscos" pela melhora da situação no Oriente Médio. Obama, porém, disse que jamais pediria a Netanyahu que tomasse alguma decisão que prejudicasse o Estado judeu.
A reunião desta terça entre Obama e Netanyahu foi a primeira desde um encontro na Casa Branca em março pouco depois de Israel anunciar a construção de novos assentamentos enquanto Biden visitava o Estado judeu.
A situação de israelenses e palestinos seria o principal ponto a ser tratado entre os dois líderes, conforme foi adiantado. Os EUA têm mediado as negociações entre as partes no Oriente Médio e pedido para que ambas tomem atitudes para que o diálogo direto pudesse ser retomado.
As negociações indiretas foram retomadas neste ano graças aos esforços de George Mitchell, enviado especial dos EUA para o Oriente Médio. As conversas estavam paralisadas há mais de um ano devido à ofensiva de Israel contra Gaza no início de 2009. A criação de um Estado palestino, a situação dos refugiados, a expansão dos assentamentos judaicos e o status de Jerusalém são alguns dos pontos-chave nas discussões de paz da região.
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