Segundo a polícia, suspeito prometia a cura do câncer e da obesidade
G1, em São Paulo
A polícia de Goiás apresentou, nesta segunda-feira (27), um homem suspeito de fabricar e vender remédios falsos para todo o país há cerca de dois anos e meio. Segundo o delegado Edemundo Dias, titular da Delegacia Estadual da Defesa do Consumidor, o suspeito prometia a cura do câncer e da obesidade oferecendo seus produtos pela internet e enviando kits pelo correio.
A investigação inicial partiu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que começou a emitir ofícios para diversos estados onde o suspeito estaria agindo. Em Goiás, a notificação chegou em junho deste ano. De acordo com o delegado, a polícia descobriu que o homem tinha a base de seus negócios no estado, mas viajava muito. “Ele usava postos de correio de vários lugares, diversas lan houses e caixas eletrônicos em lugares diferentes, foi muito difícil encontrá-lo”, disse.
A polícia descobriu que o suspeito estava no Tocantins na semana passada e quando voltou para Goiânia, neste domingo (26), foi preso. Segundo Dias, os falsos medicamentos eram manipulados dentro do próprio carro do suspeito, sem higiene alguma. “No carro que apreendemos com ele, havia bastante mercadoria, cápsulas do suposto remédio para o câncer que era feito de pó de urucum e óleo de copaíba. Ele recebia um pedido, manipulava dentro do carro e colocava no correio”, conta.
Alerta
O delegado explica que a maior preocupação da polícia e da Anvisa é que foram encontrados casos de pacientes que interromperam o tratamento tradicional para seguir a proposta do falso farmacêutico. “Encontramos material na casa dele, da namorada e uma grande quantidade na casa da mãe dele, cerca de 3 toneladas. Em todos os locais, havia computadores usados para fazer propaganda dos produtos, comprovantes de depósito e caixas usadas pelo correio”, disse o delegado. Ele será indiciado por fabricar produtos terapêuticos sem autorização da Anvisa, crime que pode render de dez a 15 anos de prisão.
O suspeito teria criado uma rede social chamada “Amigos do Bem”, na qual simulava testemunhos de pacientes com câncer que teriam se curado com os produtos dele, que incluíam uma pomada para tratar tumores abertos. Segundo a polícia, o remédio para emagrecer seria uma mistura de essência de menta com água suja. “Os medicamentos não têm eficácia nenhuma, mas podem ter causado algum mal, pela falta de higiene, a algum paciente mais debilitado”, afirma Dias.
O kit falso contra o câncer chamava-se “Aveloz” e foi enviado para várias vítimas em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas pode haver outros estados ainda não identificados, segundo a polícia. O delegado faz um apelo a possíveis vítimas para notificarem as autoridades de seus estados e contribuir com informações e provas. O telefone da delegacia de defesa do consumidor de Goiás é (62) 3201-2780.
G1, em São Paulo
A polícia de Goiás apresentou, nesta segunda-feira (27), um homem suspeito de fabricar e vender remédios falsos para todo o país há cerca de dois anos e meio. Segundo o delegado Edemundo Dias, titular da Delegacia Estadual da Defesa do Consumidor, o suspeito prometia a cura do câncer e da obesidade oferecendo seus produtos pela internet e enviando kits pelo correio.
A investigação inicial partiu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que começou a emitir ofícios para diversos estados onde o suspeito estaria agindo. Em Goiás, a notificação chegou em junho deste ano. De acordo com o delegado, a polícia descobriu que o homem tinha a base de seus negócios no estado, mas viajava muito. “Ele usava postos de correio de vários lugares, diversas lan houses e caixas eletrônicos em lugares diferentes, foi muito difícil encontrá-lo”, disse.
A polícia descobriu que o suspeito estava no Tocantins na semana passada e quando voltou para Goiânia, neste domingo (26), foi preso. Segundo Dias, os falsos medicamentos eram manipulados dentro do próprio carro do suspeito, sem higiene alguma. “No carro que apreendemos com ele, havia bastante mercadoria, cápsulas do suposto remédio para o câncer que era feito de pó de urucum e óleo de copaíba. Ele recebia um pedido, manipulava dentro do carro e colocava no correio”, conta.
Alerta
O delegado explica que a maior preocupação da polícia e da Anvisa é que foram encontrados casos de pacientes que interromperam o tratamento tradicional para seguir a proposta do falso farmacêutico. “Encontramos material na casa dele, da namorada e uma grande quantidade na casa da mãe dele, cerca de 3 toneladas. Em todos os locais, havia computadores usados para fazer propaganda dos produtos, comprovantes de depósito e caixas usadas pelo correio”, disse o delegado. Ele será indiciado por fabricar produtos terapêuticos sem autorização da Anvisa, crime que pode render de dez a 15 anos de prisão.
O suspeito teria criado uma rede social chamada “Amigos do Bem”, na qual simulava testemunhos de pacientes com câncer que teriam se curado com os produtos dele, que incluíam uma pomada para tratar tumores abertos. Segundo a polícia, o remédio para emagrecer seria uma mistura de essência de menta com água suja. “Os medicamentos não têm eficácia nenhuma, mas podem ter causado algum mal, pela falta de higiene, a algum paciente mais debilitado”, afirma Dias.
O kit falso contra o câncer chamava-se “Aveloz” e foi enviado para várias vítimas em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas pode haver outros estados ainda não identificados, segundo a polícia. O delegado faz um apelo a possíveis vítimas para notificarem as autoridades de seus estados e contribuir com informações e provas. O telefone da delegacia de defesa do consumidor de Goiás é (62) 3201-2780.
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