Esporte: Messi decide no fim e Brasil perde para a Argentina - Blog Marcel Rofeal

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Esporte: Messi decide no fim e Brasil perde para a Argentina

Equipes não tiveram grandes chances durante os 90 minutos de jogo

Romulo Tesi, eBand 
 
Foto: Karim Jasfar/AFP
Em um jogo que caminhava para um inevitável e entediante zero a zero, o talento de Messi acabou com o marasmo e decidiu. O argentino “fez fila”, passou por toda a zaga brasileira e fez o gol da vitória dos Hermanos por 1 a 0 sobre o Brasil, aos 46 minutos, nesta quarta-feira, em Doha, no Catar.
 
Os dois times passaram a maior parte do tempo se respeitando e não criaram grandes chances de gol nos 90 minutos de partida. Não parecia o maior clássico da América do Sul. Mas Messi fez questão de lembrar às torcidas que há alguma genialidade em ambos os lados. O baixinho do Barcelona ainda ganha pontos na sua luta para, enfim, ser reconhecido como um grande jogador também pela seleção argentina.
 
Já o Brasil sofre sua primeira derrota para os rivais nos últimos cinco jogos. E Mano Menezes tem pela primeira vez o sabor amargo da derrota com a seleção, e justamente para a Argentina. Neymar teve poucos momentos brilhantes e nem de longe lembrou o craque do Santos.
 
Ronaldinho Gaúcho jogou cerca de 70 minutos e criou algumas boas jogadas, mas teve uma atuação apenas regular - assim como grande parte dos outros jogadores da partida. Mas em um duelo com tantos nomes famosos, sobrou mesmo para Messi a felicidade de fazer o gol e entrar para o seleto grupo de craques do duelo, no qual Ronaldinho já faz parte e Neymar ainda caminha para o posto. 

O jogo
 
Se os duelos entre Brasil e Argentina nunca são amistosos, o de hoje começou devagar, como se a partida valesse algo mais do que a rivalidade. Os dois times evitaram se ameaçar gastaram os primeiros minutos se estudando. Pelo lado da seleção brasileira, Ronaldinho Gaúcho jogava na armação das jogadas, com Robinho e Neymar na frente. Na equipe argentina, Messi ficava responsável pela criação.
 
A primeira chance de gol saiu aos 18 minutos, para o Brasil. David Luiz passou para Daniel Alves e chutou com força, mas a bola bateu no travessão e assustou o goleiro argentino. O lance acabou animando a partida.
 
Pouco depois, aos 21, Ronaldinho Gaúcho apareceu dentro da área para finalizar – de calcanhar. O arremate saiu sem força e Romero agarrou, fácil. Mas o quase golaço do brasileiro fez o jogo esquentar.
 
Somente aos 28 minutos, a Argentina conseguiu levar algum perigo ao gol brasileiro. Higuaín, sozinho dentro da área, desviou cruzamento. Victor foi rápido e conseguiu salvar a primeira tentativa. No rebote, o argentino finaliza novamente, mas o arqueiro brasileiro faz novo milagre e impede o gol argentino. Mas o assistente já havia marcado impedimento e anulado o lance.
 
Dez minutos depois, foi a vez de Messi, enfim, assustar. O argentino recebe fora da área e finaliza com efeito. Por sorte de Victor, já batido, a bola passou raspando a trave.
 
O Brasil respondeu com Neymar aos 43 minutos. O jovem santista dominou a bola perto da linha de funda, do lado esquerdo, e driblou um marcado argentino. Na sequência, tentou cruzar e foi barrado. Depois, não houve tempo para jogadas de perigo e os times levaram um pobre zero a zero para o vestiário.
 
Na etapa final, a seleção seguiu no ataque, tomando a iniciativa da partida. Ronaldinho “carimbava” quase todas as jogadas do Brasil, dando o último passe para a finalização ou cobrando falta.
 
Aos 12 minutos, Ronaldinho puxou contra-ataque e rolou para Daniel Alves, uma das melhores opções do Brasil, que fez cruzamento longo para a área. Ramires, no meio do caminho, tentou cabecear, mas saiu sem força.
 
Cinco minutos depois, o Brasil teve grande chance. Neymar carrega a bola e é derrubado perto da área. Robinho aproveita a vantagem, chuta cruzado e força Romero a fazer difícil defesa. Enquanto isso, a Argentina tocava a bola em busca de um contra-ataque rápido, de preferência com Messi. 

Invasão melhora o jogo
 
Aos 24 minutos, tentando melhorar a armação de jogadas da Argentina, o técnico Sergio Batista sacou pastore e lançou o colorado D’Alessandro. Pouco depois, aos 27, o retorno de Ronaldinho Gaúcho chegou ao fim, substituído por Douglas, após uma partida apenas razoável e algumas boas jogadas. Aos 31, Mano Menezes fez nova alteração, tirando Neymar e colocando o ex-santista André.
 
Os times mudaram, mas o jogo continuou praticamente na mesma: domínio territorial do Brasil, com a Argentina tocando muito a bola e apostando nos contra golpes. Resultado: a partida ficava cada vez mais amarrada, com poucas chances e sonolento – clima só quebrado aos 35 minutos, com a invasão de um torcedor.
 
Na sequência, Messi fez fila e quase marca para a Argentina. Mas o camisa 10 parou no meio do caminho, desarmado pela zaga brasileira. Aos 38 minutos, Robinho tenta de longe, mas a bola passa por cima do gol de Romero.
 
Quando parecia que a jogo caminhava para um inevitável zero a zero, o talento de Messi decidiu. O argentino tentou de novo passar por vários zagueiros brasileiros e conseguiu. Limpou a jogada e só sobrou Victor no caminho. O baixinho chutou no canto esquerdo do goleiro e fez, aos 46 minutos, o gol que acabou com o jejum da Argentina de cinco jogos sem vencer os rivais. E Mano Menezes sofreu a primeira derrota pela Seleção. Justamente contra eles.

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