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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Internacional: Australiana sobrevive a pacto suicida com irmã em centro de tiro nos EUA

Segundo a polícia do Colorado, as duas irmãs dispararam contra as próprias cabeças; não se sabe o motivo do pacto suicida

BBC Brasil
 
Uma mulher australiana de 29 anos cuja irmã gêmea morreu com um tiro na cabeça à queima-roupa na segunda-feira nos Estados Unidos declarou que as duas haviam feito um pacto suicida que não deu certo.
 
Segundo a polícia do Estado do Colorado, as duas irmãs atiraram em si mesmas durante uma visita a um clube de tiro, mas uma delas sobreviveu, apesar de gravemente ferida. Pistas coletadas no local e imagens do sistema de vigilância do Family Shooting Center, no sudoeste de Denver, comprovariam a tese de que se trata realmente de "um suicídio e de uma tentativa de suicídio".
 
As imagens mostrariam as irmãs colocando pistolas calibre 22 alugadas contra as próprias cabeças e disparando. Uma delas morreu no local. A outra permanece internada em estado grave, mas estável.
 
O incidente foi o sétimo suicídio com armas alugadas em centros de tiro neste ano nos Estados Unidos, e o terceiro no Family Shooting Center de Denver desde 2004. Segundo o jornal local The Denver Post, a polícia ainda não sabe os motivos que levaram ao pacto entre as irmãs.
 
"Perguntamos isso várias vezes (à irmã sobrevivente), mas a cada vez ela se negou a responder", disse ao jornal o capitão Louie Perea, do condado de Arapahoe. "Obviamente, não podemos forçá-la a falar", afirmou.
 
Massacre
A rede de TV Fox, que teve acesso ao mandado de buscas dos pertences das duas no quarto de hotel que elas ocupavam em Denver, relatou uma possível ligação entre o pacto suicida e o massacre de 1999 na escola Columbine, no Colorado.
 
Segundo Perea, a ligação consistiria apenas de uma fotocópia da capa de uma revista Time mostrando os estudantes Dylan Klebold e Eric Harris, que se suicidaram após matar 12 estudantes e um professor na escola Columbine.
 
Segundo o policial, em seu depoimento a gêmea sobrevivente negou qualquer interesse pelo caso ou ligações entre o pacto suicida e o massacre. "Não encontramos (nas buscas) qualquer arma, munições, diagramas ou qualquer outra coisa que indicasse que elas tinham planos de atingir outras pessoas", afirmou Perea.
 
Segundo o jornal australiano The Age, as duas gêmeas, que não têm outros irmãos, são de uma família de classe média-alta de Melbourne e viajavam com frequência aos Estados Unidos, onde têm parentes.
 
Uma das irmãs havia chegado ao país em agosto e a outra, em setembro. Elas estavam no Colorado havia cinco semanas. Os nomes das gêmeas não foram divulgados pela polícia, que ainda aguarda a identificação formal das duas.

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