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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Internacional: Obama demonstra desânimo e fala em colaboração com republicanos

Presidente americano concedeu entrevista na Casa Branca

Matt Spetalnick, Reuters
 
Foto: Kevin Lamarque/Reuters
Demonstrando desânimo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu na quarta-feira buscar pontos de concordância com a oposição republicana, vencedora das eleições parlamentares da véspera, e assumiu a responsabilidade pelo clima econômico que causou esse resultado.
 
Obama admitiu ter tido uma "longa noite" depois de ver o Partido Republicano ampliar sua bancada no Senado e conquistar a maioria na Câmara. Ele concedeu entrevista coletiva no Salão Leste da Casa Branca após sofrer a pior derrota política da sua carreira.
 
Embora tenha salientado a busca de compromissos com os republicanos, deixou claro que há limites que não serão violados. "Não estou sugerindo que será fácil", afirmou. "Não vou fingir que conseguiremos eliminar todas as diferenças e resolver todas as discordâncias."
 
Desapareceu, no entanto, a retórica pela qual Obama acusava os republicanos de querer devolver o país a políticas econômicas que ele dizia estarem desacreditadas. O Obama que falou a jornalistas usava um tom monótono e desanimado, e sorriu pouco.
 
"Algumas noites eleitorais são mais divertidas que as outras. Algumas deixam eufórico, outras deixam humilde", afirmou.
 
Os republicanos tiraram 60 vagas dos democratas na Câmara, maior alteração nas bancadas desde que os democratas conquistaram 75 cadeiras em 1948. Agora, os republicanos têm a sua maior maioria na Câmara desde 1928.
 
Um dos primeiros desafios de Obama no novo cenário político será na renovação dos benefícios tributários adotados no governo do seu antecessor, George W. Bush. Obama quer renovar as isenções apenas para quem ganha até 250 mil dólares por mês; a oposição quer que o benefício valha para todos.
 
Obama negou que o resultado eleitoral tenha sido uma manifestação de repúdio à reforma da saúde aprovada neste ano. Mas admitiu que estaria disposto a colaborar com republicanos em emendas ao projeto. Os republicanos gostariam de revogar a reforma integralmente, mas devem esbarrar no Senado, onde os democratas mantiveram a maioria.
 
O presidente disse que a economia melhorou em seus quase dois anos de governo, mas reconheceu que "as pessoas estão frustradas" com a atual situação, que inclui um desemprego de 9,6 por cento. 
 
"Claramente muitos norte-americanos não sentiram esse progresso ainda, e nos disseram isso ontem. E, como presidente, assumo a responsabilidade por isso."
 
Obama disse que os norte-americanos estão preocupados com os gastos públicos e os déficits, mas que o país não deve cortar verbas de educação e pesquisa.
 
"Nessas discussões orçamentárias, a chave é conseguir distinguir entre coisas que não estão contribuindo com o nosso crescimento, que não são um investimento no nosso futuro, e essas coisas que são absolutamente necessárias para conseguirmos aumentar os empregos no futuro também", afirmou.

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