Mobilização partiu de indignação após aprovação de resolução que dispõe sobre alterar denominação das salas do Legislativo
Marcel Rofeal, com informações do Blog do Ronco
Fotos: Marcel Rofeal/Arquivo
Dois documentos contendo, ao todo, mais de 400 assinaturas foram protocolados nesta terça-feira (18) na Câmara Municipal de Ribeirão Bonito. A mobilização em repúdio à Resolução n° 001/2010, aprovada em 12 de novembro do ano passado, teve início logo após a votação do então projeto. Só de membros da família Lucato, que dá nome a duas salas da atual sede, são mais de 60 nomes.
O então projeto de resolução foi idealizado pelo então presidente da Câmara, vereador José Luiz Mascaro (PT), em meados de setembro. Apresentado ainda nos bastidores foi assinado por todos os nove parlamentares e entrou automaticamente aprovado na Casa. No geral, o trâmite no Legislativo durou cerca de dois meses desde a apresentação em sessão até a votação.
A resolução dispõe sobre alterar a denominação das salas da Câmara, e deve entrar em vigor após a mudança do prédio atual para o piso superior do Banco do Brasil. Atualmente, o prédio conta com os nomes de Benedito Alves Costa na secretaria, Dalvo Lucato na sala de reuniões, e Emygdio Lucato no plenário. A sala do presidente não possui denominação.
Com a aprovação do projeto, a secretaria passa a receber o nome de Luiz Carlos Sanches Varella, a sala de reuniões receberá o nome de Florisvaldo Barbosa do Carmo, a sala dos vereadores terá o nome de Orazil Paula de Almeida e o plenário receberá o nome de Rubens Gayoso Júnior. Outras duas repartições da nova sede, fora a sala presidencial, permanecem sem denominação.
Iniciado pouco depois da votação, o protesto apresentou dezenas de assinaturas logo na primeira semana de circulação. No início do mês, os vereadores Aparecido Donizete Galhardo e Luiz Marcelino dos Santos Pallone, ambos do PSB, ingressaram com um novo projeto de resolução na Câmara para, segundo eles, corrigir um “erro” que teriam cometido com a aprovação do projeto anterior.
Segundo o ex-presidente José Luiz Mascaro, à época da polêmica, os nomes atuais não seriam retirados e integrariam um memorial na nova sede. Para Mascaro, não seria uma substituição, haja vista que se trata de um prédio novo. Logo na manhã desta terça-feira, o primeiro documento com 64 assinaturas da família Lucato foi protocolado na Câmara.
Já à tarde, outro documento com 349 nomes também deu entrada na Casa. Em entrevista ao Blog Marcel Rofeal há pouco, o presidente Eduardo Antonio Doimo (PT) afirmou desconhecer os detalhes dos documentos. Ainda segundo ele, a assessoria jurídica da Casa será consultada nesta quarta-feira (19) para mais informações, mas os manifestos devem ser apresentados em sessão ordinária no próximo dia 7 de fevereiro.
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