Primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaçi, é acusado de ter traficado órgãos de até 500 presos sérvios
EFE
A procuradoria da Albânia colaborará com juízes da União Europeia (UE) na investigação sobre o suposto tráfico de órgãos humanos de presos sérvios, denunciado pelo legislador suíço do Conselho da Europa Dick Marty.
Ina Rama, procuradora-geral da Albânia, propôs a cooperação durante um encontro nesta segunda-feira em Tirana com uma delegação da Eulex, a missão da UE no Kosovo. Previamente, o governo albanês tinha pedido à Eulex e à Corte Internacional de Justiça de Haia que iniciassem uma investigação sobre o caso.
Em 25 de janeiro, Marty exporá perante a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa seu relatório sobre a suposta rede de tráfico de órgãos, que teria existido entre 1999 e 2000, no final do conflito entre sérvios e albano-kosovares.
O Exército de Libertação do Kosovo (UCK), dirigido pelo atual primeiro-ministro, Hashim Thaçi, é acusado de ter traficado os órgãos de entre 300 e 500 presos sérvios. Eles teriam sido levados do Kosovo à Albânia, onde seus órgãos, especialmente os rins, eram retirados para ser vendidos ilegalmente ao mercado internacional, afirma Marty em seu relatório.
As autoridades albanesas e kosovares rejeitaram veemente o relatório e o qualificaram como "difamatório e racista".
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