Morador criou blog para registrar o problema diariamente
EPTV
Moradores de Ribeirão Bonito, na região Central do Estado de São Paulo, reclamam das constantes quedas e oscilações de energia elétrica. Além do transtorno, o problema causa danos a máquinas industriais e vários equipamentos eletrônicos.
A própria concessionária de energia reconhece que o município tem o maior número de apagões de toda a região. Somente no ano passado, foram 22 registros.
Os problemas continuaram este ano, quando há um mês os 12 mil moradores de ficaram sem energia elétrica por mais de 15 horas. O motivo foi o furto de 3 mil metros de fio de cobre na zona rural.
Além dos blecautes, os moradores também sofrem com as oscilações da rede de energia. Juntando os dois problemas, foram pelo menos 125 casos em 2010, ou seja, um pico ou queda a cada três dias.
O levantamento foi feito pelo técnico em informática Bruno Haddad Succi, que há um ano criou o blog “Ribeirão do Apagão” como forma de protesto. Desde então, ele já inseriu 163 posts sobre o assunto. “A gente entra em contato com eles e eles não sabem responder o que ocasionou. Eles falam que não tem nenhum registro de pico de energia no local”, disse.
Pela internet, além dos números, ele escreve textos em que critica o problema que até agora está sem solução. “É o meu trabalho, o meu tempo. Ao invés de eu consertar um computador que está em espera, eu tenho que refazer o que já tinha feito”, explicou Succi.
Prejuízos
Uma empresa da cidade que produz sacas para ração e grãos acumula, só nestas primeiras semanas do ano, já acumula cerca de R$ 100 mil para substituir equipamentos perdidos durante os vários apagões.
Para dar conta de todas as encomendas, 120 funcionários precisam trabalhar fora da jornada normal. “Horas extras, às vezes até final de semana eles voltam para trabalhar”, explicou o diretor da empresa Sérgio Godoy.
Solução
O gerente da CPFL, Mauro Forgenni, promete que tudo será resolvido depois de abril, com a inauguração de uma subestação de energia. “Vamos passar de um padrão precário e vamos passar para um padrão protegido. Vai diminuir os apagões e bastante”, disse.
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