Presidente afirmou que governos devem conviver com as críticas para fortalecer a democracia
José Henrique Lopes, R7
Foto: Julia Chequer/R7
A presidente Dilma Rousseff reiterou nesta segunda-feira (21) seu compromisso com a liberdade de imprensa no Brasil e disse que os governos devem saber conviver com as críticas.
- Uma imprensa livre, plural e investigativa é imprescindível para a democracia em um país como o nosso, que além de ser um país continental, congrega diferenças culturais apesar da nossa unidade.
Dilma participou, na noite desta segunda, da cerimônia que celebrou os 90 anos do jornal Folha de S.Paulo. O evento foi realizado na Sala São Paulo, na capital paulista, e reuniu as principais autoridades do país.
Além da presidente da República, estiveram presentes os presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara dos Deputados, Marco Maia, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Cezar Peluso, além do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito paulistano, Gilberto Kassab.
O ex-governador de São Paulo José Serra, derrotado por Dilma na eleição do ano passado, também foi um dos convidados. A festa contou ainda com a presença de importantes figuras políticas, como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor e o ex-deputado José Dirceu.
Imprensa livre
Em seu discurso, Dilma lembrou os tempos da ditadura militar (1964-1985), que censurou os jornais para que não publicassem notícias negativas sobre o governo. Na juventude, ela integrou movimentos de luta armada contra o regime, foi presa e torturada.
- Quando saímos da ditadura, consagramos a liberdade de imprensa e rompemos com aquele passado que vedava manifestações e que tornou a censura o pilar de uma atividade que afetou profundamente a imprensa brasileira.
A presidente reiterou seu “compromisso inabalável com as liberdades plenas” e ressaltou o valor da democracia para o Brasil.
- O Brasil é um país em desenvolvimento econômico acelerado, que aspira ser, ao mesmo tempo, um país justo, sem pobreza e com cada vez menos desigualdades. Para todos nós, isso não é concebível sem democracia.
Segundo ela, “um governo deve saber conviver com as críticas para ter um compromisso real com a democracia”. Dilma encerrou sua fala reiterando, mais uma vez, que prefere “um milhão de vezes o som das críticas de uma imprensa livre ao silêncio das ditaduras”.
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