País tenta conter superaquecimento em Fukushima, a fim de evitar uma tragédia radioativa
R7, com agências
Foto: AFP
Helicópteros das Forças Armadas do Japão sobrevoaram nesta quinta-feira (17), ainda noite de quarta-feira (16) no Brasil, a usina nuclear de Fukushima, lançando água no reator 3. A operação pretende esfriar as barras de combustível, que correm o risco de derretimento, após o superaquecimento do complexo.
Todos os seis reatores da usina apresentam problema. Nesta quarta-feira, o reator 4 registrou duas explosões. Além disso, um caminhão-cisterna equipado com um canhão de água foi deslocado para a área.
Segundo informações da agência Kyodo, quatro helicópteros realizam a operação.
A operação é parte de mais uma tentativa desesperada dos técnicos japoneses para conter um desastre ainda maior na central, danificada pelo forte terremoto seguido de tsunami, que atingiu o país há seis dias.
A AIEA (agência nuclear da ONU) também divulgou nota dizendo que a temperatura nos reatores 5 e 6 está subindo.
EUA dizem que acidente é pior do que Japão esperava
Mais cedo, o diretor da Comissão Reguladora Nuclear americana, Gregory Jaczko, disse que o acidente nos reatores nucleares de Fukushima 1 é pior do que os japoneses esperavam.
A autoridade dos EUA disse que a radiação em torno do reator 4 da central japonesa chegou a um nível “extremamente alto”.
Ele explicou que a piscina de armazenamento de combustível usado no reator 4 da usina nuclear japonesa Fukushima não tem mais água, o que gera níveis de radiação "extremamente altos”.
Diretor de agência nuclear da ONU mostra preocupação
Mais cedo, o diretor geral de energia nuclear da AIEA (agência nuclear da ONU), Yukiya Amano, disse que vai viajar para o Japão “o quanto antes possível". Ele está preocupado com a situação das usinas nucleares japonesas e vai verificar como a ONU pode ajudar o país.
Amano disse a jornalistas que "a situação é muito séria".
Cerca de 200 mil pessoas foram retiradas de um raio de 20 km da usina de Fukushima. A radiação já chegou a Tóquio.
Governo diz que não há risco imediato
O governo do Japão assegurou nesta quarta-feira (16) que o nível atual de radiação além do perímetro de 20 km já esvaziado ao redor da usina nuclear de Fukushima não representa "um risco imediato para a saúde".
O porta-voz do governo, Yukio Edano, disse em entrevista coletiva que o nível de radioatividade entre 20 km e 30 km da central, área na qual foi pedido que os moradores permaneçam em casa e com as janelas fechadas, não tem efeito prejudicial direto.
Edano afirmou ainda que os responsáveis da usina continuam trabalhando "com todo o apoio dos setores relevantes" para tentar reduzir a temperatura dos reatores da central, onde nesta quarta-feira ocorreu um novo incêndio no edifício do reator 4 e foram vistas grandes colunas de fumaça procedentes do reator 3.
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