É o terceiro país da zona do euro a pedir ajuda aos parceiros europeus
Agências de Notícias
Foto: Jose Sena Goulao/AP
Após meses de resistência, o primeiro-ministro demissionário José Sócrates anunciou nesta quarta-feira um pedido de socorro financeiro à União Europeia. Horas depois, a medida foi apoiada pelo líder da oposição e o FMI (Fundo Monetário Internacional) também mostrou-se "pronto" a ajudar o país.
O pedido chega após protestos em diversas cidades do país pedindo por novas políticas econômicas e depois de o próprio premiê renunciar ao cargo, no dia 23 de março, acuado pela crise da dívida.
O fim de seu governo foi acelerado pela rejeição do Parlamento português ao seu plano de ajuste fiscal. O pacote havia sido elaborado para evitar o resgate internacional. A ajuda externa estará condicionada ao país cumprir duras exigências de ajuste econômico.
"O governo decidiu dirigir à Comissão Europeia um pedido de ajuda financeira para garantir as condições de financiamento", disse Sócrates em breve pronunciamento na TV mais cedo nesta quarta-feira.
O valor do resgate financeiro ainda não foi anunciado, mas analistas do mercado financeiro estimam que pode chegar a 80 bilhões de euros [R$ 185 bilhões].
Portugal se torna, assim, o terceiro país da zona do euro a pedir ajuda aos parceiros europeus, após a Grécia e a Irlanda.
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