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sábado, 23 de abril de 2011

Mundo | Tropas tailandesas e cambojanas retomam confrontos em fronteira

Fogo de artilharia teve início ao amanhecer no mesmo local do dia anterior

EFE
 
As tropas de Tailândia e Camboja travaram neste sábado (horário local) um novo confronto em um trecho da fronteira disputada em comum, o segundo após o de sexta-feira que causou a morte de sete soldados de ambos os exércitos.
 
O porta-voz do comando militar nordeste, coronel Prawit Hookaew, disse à televisão estatal que a troca de fogo de artilharia e disparos de fuzil começou ao amanhecer no mesmo local do dia anterior, perto do templo de Ta Kawai.
 
O templo, situado na faixa fronteiriça que separa a província tailandesa de Surin do norte do Camboja, faz parte do antigo complexo arquitetônico de Ta Muen e é outro dos legados da milenar civilização khmer cuja soberania é disputada por Tailândia e Camboja.
 
No começo de fevereiro, oito pessoas morreram, incluindo civis, e dezenas ficaram feridas nos combates travados durante quatro dias entre os dois exércitos.
 
Em março, os governos de Camboja e Tailândia aceitaram negociar com a mediação da Indonésia o litígio territorial que travam por causa da soberania de uma pequena região situada ao lado do templo de Preah Vihear, também na fronteira comum.
 
No entanto, depois a Tailândia mudou de opinião e se negou a negociar uma solução com o Camboja, alegando que a presença de observadores indonésios na área em disputa podia complicar a situação.
 
Este contencioso entre Camboja e Tailândia ganhou força em 2008 quando o templo foi declarado patrimônio da humanidade e a Unesco o inscreveu dentro do território cambojano.
 
A Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), cuja presidência temporária é da Indonésia, tratou o conflito em reunião no final de fevereiro e surgiu a iniciativa da mediação.
 
O bloco regional integra Mianmar (antiga Birmânia), Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
 
A Tailândia admite que o conjunto de monumentos se encontra em solo cambojano, tal como sentenciou o Tribunal Internacional de Haia em 1962, mas reivindica uma área de 4,6 quilômetros quadrados situada nos arredores do templo.
 
Os dois países assinaram em 2000 um memorando de entendimento.

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