Afirmação é do diretor do Departamento de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Américo Brasiliense
Raphael Pena, Araraquara.com
Foto: Divulgação
O atraso na liberação de verba do programa Água Limpa, do Governo do Estado, está emperrando o tratamento de esgoto em Américo Brasiliense, segundo Júlio Perroni, diretor do Departamento de Água, Esgoto e Meio Ambiente (Daema) da cidade.
Há uma semana, a Tribuna mostrou a dificuldade da Prefeitura de Gavião Peixoto em conseguir o projeto da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), prometido pelo Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado (Daee).
No caso de Américo Brasiliense, o projeto da ETE foi feito com recursos próprios, cerca de R$ 100 mil, incluindo licenças e outorgas. O Município aguarda, agora, a liberação dos R$ 11 milhões do Estado para a construção da Estação. "Não havia convênio assinado, mas havia sinalização de que a verba seria liberada. Porém, recentemente, o secretário de Saneamento, Edson Giriboni, informou que Américo Brasiliense não está no orçamento deste ano", conta Perroni.
Segundo o diretor do Daema, o prefeito Ademir Gouvêa (PT) procurou os deputados estaduais Roberto Massafera (PSDB) e Edinho Silva (PT) para solicitar a intervenção deles junto aos órgãos competentes para viabilizar a liberação do dinheiro.
Prejuízo ambiental
Enquanto não saem os recursos para a construção das ETEs de Gavião Peixoto e Américo Brasiliense, o meio ambiente segue sofrendo os impactos do despejo de esgoto nos córregos.
Ao passar por Américo, o Córrego Maria Mendes recebe um volume de esgoto maior do que o volume original de água. Em outras palavras, o córrego sai de Américo com mais esgoto do que água e segue em direção ao Rio Mogi-Guaçú. "Américo está na cabeceira. Todas as cidades abaixo têm prejuízos ambientais por causa disso", afirma o diretor do Daema.
A estimativa de Perroni é que Américo Brasiliense despeje 4,5 milhões de litros de esgoto por dia, no córrego. "Além de tudo isso, a falta de uma ETE em Américo impede a cidade de crescer", diz Perroni, referindo-se a uma centena de indústrias que estariam impedidas de construir nos distritos industriais da cidade, porque a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Cetesb) não dá licença para instalação se não houver ETE na cidade.
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