Ações são intensificadas a partir de novembro e duram cerca de seis meses
São Carlos em Rede
Foto: Divulgação
São Carlos registrou, entre 1º de janeiro e 13 de abril, 30 casos de dengue no município. Desse total, 14 são autóctones (contraídos na própria cidade), 14 são importados de outras localidades e dois foram detectados em moradores de Ibaté e Itirapina que foram examinados em São Carlos. Para a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do município, Edeltraut Nothing Zóia, o conjunto de ações adotadas pelo município é o principal responsável pelo controle da situação na cidade.
A Vigilância Epidemiológica mantém durante todo o ano uma equipe de combate à dengue que realiza atividades de controle, orientação e remoção de criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença. As ações são intensificadas a partir de novembro com a realização do "Mutirão Cidade Limpa", que dura cerca de seis meses e em 2011 chega a sua 9ª edição. "O mutirão se estende de forma mais intensiva no combate aos criadouros até o final deste mês, mas as ações de combate são realizadas rotineiramente ao longo de todo o ano. A iniciativa vai além do alerta à população sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti. Distribuímos folhetos educativos contendo informações sobre como combater e evitar a formação de criadouros", explica a chefe da Vigilância Epidemiológica.
Ações de conscientização e vistoria de terrenos e imóveis também são realizadas. O trabalho reúne todas as secretarias, fundações e autarquias municipais que se envolvem diretamente na remoção e limpeza de objetos que possam servir de criadouros do mosquito Aedes Aegypti. Em São Carlos, até esta quarta-feira (13), a ação do mutirão já retirou 414.840 mil quilos de material (197 caminhões) que poderiam se transformar em criadouros do mosquito.
Além de evitar a instalação de focos transmissores da dengue, o mutirão busca também promover a limpeza pública e a manutenção urbana nos bairros da cidade, com ações articuladas de diversas secretarias municipais, promovendo, por exemplo, corte de mato, sinalização de trânsito, operação tapa-buraco, limpeza de córregos e áreas públicas, além de notificação a proprietários de imóveis particulares para limpeza de terrenos.
O trabalho das equipes é realizado preventivamente no período de verão (calor intenso) e período das chuvas (janeiro a abril), meses propícios à proliferação do mosquito da dengue e de outros insetos. A incidência de mato alto, buracos no pavimento asfáltico e alagamentos também é maior nesta época do ano, causando transtornos às famílias e grandes problemas de saúde pública.
Outro fator que pode fazer a diferença em São Carlos é que os agentes não precisam se deslocar até uma base para começar o trabalho, uma vez que eles trabalham perto de suas casas, em áreas que conhecem bem. "Existe um coordenador para cada equipe. Apenas essa pessoa se desloca até a Vigilância e pega os materiais distribuídos às equipes", destaca Edeltraut.
Os números da doença em São Carlos são inferiores às outras cidades do mesmo porte na região. Araraquara, por exemplo, já registrou neste ano 672 casos. Em cidades maiores a proliferação da doença é maior ainda: em Ribeirão Preto o número chega a 5.789 casos e em Franca o número de doentes já chegou a 1.109, segundo matéria divulgada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) a cidade de São Carlos manteve a situação controlada nos últimos anos, conforme a previsão do Estado e casos na região.
Um comentário:
Marcel, esta matéria foi feita pelo seu conterrâneo Lucas Castro. Isso que é ruim trabalhar em assessoria de imprensa, o nome não aparece. Mas vale ressaltar, mais um ribeirãobonitense se destacando.
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