Em sessão, vereadores questionam e cobram explicações sobre obra
Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito
Foto: Arquivo/BMR
Há algumas semanas que a qualidade da pavimentação aplicada no bairro Morumbi II, em Ribeirão Bonito, vem sendo questionada por munícipes e, por conseguinte, virou alvo de requerimentos na Câmara Municipal. Na última sessão ordinária do mês de abril, realizada há 15 dias, a 1ª secretária da Casa, vereadora Renata Mesquita Magalhães (PSDB), solicitou informações sobre a obra e valores que deverão ser desembolsados pelos moradores. A ‘resposta’, todavia, foi apresentada na última segunda-feira (2), em nova sessão ordinária.
O assunto, uma vez divulgado na mídia, levou três moradores do Morumbi II ao plenário “Vereador Emygdio Lucato”, da Câmara Municipal, na noite da última segunda. Na oportunidade, eles deixaram a sede do Legislativo com cópias do ofício distribuído pela vereadora Renata. Já no tema livre, o assunto foi abordado pelo vereador José Sebastião Baldan (PMDB) e comentado pelos colegas Luiz Marcelino dos Santos Pallone (PSB) e Nelson de Souza (PRB). Todos que apontaram as falhas e fizeram críticas aos trabalhos.
Baldan deu os parabéns à colega Renata, popularmente conhecida como Salomé, pelos requerimentos em que questiona a qualidade da camada asfáltica aplicada no bairro. O peemedebista afirmou que conhece e confia no trabalho da empresa, que considerou “idônea”, há décadas, mas assume ter encontrado “falhas” no asfalto do referido bairro. Em parte, o vereador Marcelo Pallone citou episódio que comprovaria a má qualidade no serviço, onde um morador precisou de uma caçamba de entulhos que, com o deslocamento, acabou danificando o asfalto naquele trecho.
Pallone afirmou que o anseio popular no momento é o bairro Novo Ribeirão, mas espera que a pavimentação, se confirmada a má qualidade, não seja da mesma forma do Morumbi II. Já Nelson de Souza, acredita que deve ser analisado o termo de contratação da empresa para a obra, que considerou uma “porcaria”. “E se realmente o pessoal assinou um contrato e tem que pagar, vai pagar uma porcaria?”, questionou Souza. Baldan ressaltou que a Câmara fiscalizará o caso e cobrará eventuais reparos.
As obras de pavimentação tiveram início no final de 2010 após um longo período de negociações entre uma comissão de moradores e a administração pública. O primeiro passo foi a implantação do sistema de captação de águas pluviais, seguido pela construção de guias e sarjetas, e a aplicação da tão aguardada camada asfáltica em meados de março deste ano. Segundo a prefeitura, foi investido algo em torno de R$ 330 mil nas obras.
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